Polêmica na área da Saúde. De um lado o deputado estadual Ernesto Roller (PMDB) reclama que diminuiu o número de atendimentos no Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO). De outro, a direção da unidade questiona as colocações do parlamentar. Em questão o modelo de gestão por Organizações Sociais.
O deputado Ernesto Roller destaca que uma queixa recebida por ele é que caiu o número de atendimentos. Em média antes do repasse do HUGO para o Instituto Gerir seria de 800 e hoje 200.
“É um flagrante prejuízo para uma demanda de 600 pessoas que estão no limbo sem serem atendidas, vivendo a mercê da sorte, do tempo pra que possam se encaixar naquele atendimento diário. O nosso questionamento vai muito de encontro e bate de frente com relação ao modelo”, afirma o parlamentar.
O diretor geral do HUGO, Ciro Ricardo Pires de Castro, discorda. Segundo ele, o número de atendimentos aumentou no período. Para o gestor, a unidade tem feito esforços para casos mais graves e direcionado para outros locais, as situações de menor complexidade.
“O que fizemos foi aperfeiçoar e fazer cumprir a área de urgência e emergência constitui um importante componente da assistência à saúde, de vazão a crescente demanda de serviços desta área de alta complexidade. O HUGO até 2012 estava completamente sucateado, sem a menor condição de prestar um atendimento que a população exigia. Não havia repasses necessários de recursos”, afirma o diretor.
O deputado Ernesto Roller reclama que há um atendimento particular em estrutura pública. Um represamento de atendimentos. “O que está havendo é um atendimento particular em uma estrutura pública. Esta é uma questão que precisamos discutir. Vamos apresentar um requerimento solicitando informações e trazer luz a esta questão que tanto aflige a população do Estado de Goiás”, destaca o parlamentar.
O diretor do HUGO rebate as críticas. Ele avalia que antes eram realizados atendimentos básicos e isto fazia com que a unidade ficasse superlotada. “O HUGO hoje em relação ao seu atendimento de perfil aumentou o número de atendimento, ao contrário do que conta o ilustre deputado Ernesto Roller. Dados que foram passados a ele, mostram que havia um atendimento ambulatorial no HUGO, que se tirava unha encravada, que fazia drenagem de abcesso, fazia tratamento de entorse, todo o atendimento primário de atribuição de unidades de saúde da capital e do interior estava sendo pra carregado pra cá, em prejuízo para a referência na qual o HUGO foi idealizado”, argumenta.
De acordo com o diretor em 2012 o número atendimentos ambulatoriais foi de 48 mil 840 e em 2014 foi de 70 mil 925. Em relação a números de cirurgias, Ciro Pires afirma que também houve aumento. Era em média 8 mil e 900 e hoje mais de 14 mil 331 cirurgias por ano ou mais de mil cirurgias mês.
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