21 de dezembro de 2024
Investigação

Deputado cobra apuração rigorosa sobre morte de PM durante troca de tiros com policiais civis, em Anápolis

Durante o confronto um policial militar morreu no local e os dois policiais civis foram encaminhados ao hospital da cidade
Policiais civis e militar trocaram tiros em Anápolis. (Foto: Reprodução / TV Anhanguera).
Policiais civis e militar trocaram tiros em Anápolis. (Foto: Reprodução / TV Anhanguera).

O deputado estadual Coronel Adailton (PRTB) disse que é preciso uma apuração rigorosa e imparcial sobre a morte de um policial militar durante troca de tiros com policiais civis na última sexta-feira (27) em Anápolis.

Segundo o deputado, os responsáveis pela a abordagem do PM, devem ser penalizados. “Diante dessa situação, quero apontar a necessidade de uma investigação séria, imparcial e rigorosa, no sentido de esclarecer todos os detalhes dessa fatídica operação”, disse.

De acordo com Coronel Adailton, antigamente existia ”dificuldades” de comunicação entre Polícia Civil e Militar, mas para ele, hoje ambas corporações trabalham de maneira integrada. Portanto, o deputado acredita que pode ter tido uma ”falha” no momento da abordagem por parte dos policiais civis.

Nas redes sociais Coronel Adailton publicou uma nota de pesar pela morte do PM. Segundo ele, durante toda sua carreira na Polícia Militar de Goiás (PMGO), sempre foi um defensor intransigente da atuação integrada das Forças de Segurança.

”Este sentimento foi bastante reforçado na minha atuação parlamentar, apoiando e defendendo todas as pessoas que, verdadeiramente, servem a todas essas importantes instituições cuja missão é cuidar bem dos goianos”, escreveu. Ainda na publicação Coronel Adailton acredita que as autoridades responsáveis, irão a campo para esclarecer as circunstâncias em que ocorreu a operação ocasionando a morte do PM.

Deputada apoia Polícia Civil

Depois de toda repercussão sobre o caso, a deputada federal eleita, Adriana Accorsi (PT), saiu em defesa da Polícia Civil. Em nota publicada nas redes sociais, a petista argumenta que a operação obedeceu todas as técnicas e habilidades necessárias, tendo a corregedoria da Polícia Militar no local.

”Qualquer insinuação caluniosa que ponha que ponha em xeque a competência e o profissionalismo dos agentes presentes na operação e a tentativa de levantar uma certa crise institucional, deve ser rechaçada”, disse Adriana.

Por fim, a delegada destaca que segue acompanhando os desdobramentos do caso e reafirma apoio à Polícia Civil. ”Reafirmo meu total apoio à Polícia Civil de Goiás, que exerce uma função ímpar na segurança pública do nosso estado, sempre em defesa da justiça e da verdade”, finaliza.

Promotores de justiça de Anápolis, encaminharam um ofício ao Secretário de Segurança Pública, Renato Brum, solicitando informações sobre o caso, como ocorrências e as providências que estão sendo adotadas pelas autoridades, bem como a gravação integral, sem cortes, em mídia, da ação policial.

Relembre o caso

Na manhã da última sexta-feira (27), o policial militar Welton da Silva Veiga, morreu ao trocar tiros com dois policiais civis, em Anápolis. O PM não resistiu e morreu no local e os dois civis ficaram feridos e foram encaminhados ao hospital da cidade.

O confronto entre os policiais teria começado quando os civis foram cumprir mandado de prisão contra o PM, que reagiu e atirou contra os agentes. Ao revidarem, eles acertaram o militar, mas também foram atingidos.

Em nota a SSP disse que no momento do cumprimento dos mandados de prisão, e de busca e apreensão, os agentes da Delegacia de Homicídios de Goiânia estavam acompanhados por uma equipe da Corregedoria da PM.

 Em 2014 o PM morto, foi investigado na Operação Malavita que foi possível identificar o envolvimento de policiais civis e militares com o tráfico de drogas em Anápolis, e Welton da Silva era um dos envolvidos. Na ocasião, a Secretaria de Segurança Pública e Justiça, informou que em razão da disputa por espaço para a comercialização de entorpecentes, os agentes públicos cometeram crimes como homicídios, extorsão e sequestros no município.


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