07 de agosto de 2024
Discurso golpista? • atualizado em 26/10/2022 às 09:03

Deputado bolsonarista reforça guerra civil se Lula for eleito e defende intervenção militar: “Passou da hora”

Amauri Ribeiro explicou o vídeo viralizado ontem (25) e que foi gravado no sábado em São Miguel do Passa Quatro
Deputado bolsonarista, Amauri Ribeiro explica episódio que acabou viralizando (Foto: Divulgação/ Alego)
Deputado bolsonarista, Amauri Ribeiro explica episódio que acabou viralizando (Foto: Divulgação/ Alego)

O deputado estadual reeleito Amauri Ribeiro, do União Brasil reforçou em entrevista ao Diário de Goiás que caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vença as eleições no próximo domingo (30/10), se preciso for, poderá ir ao front de batalha numa hipotética Guerra Civil no Brasil. “O que eu digo é verdade: sou reservista da aeronáutica e se eu for chamado a servir meu país vou com muito orgulho”, disse durante a conversa com o jornalista Altair Tavares.

Amauri Ribeiro explicou o episódio que acabou viralizando na terça-feira (25/10) em que aparece num vídeo defendendo a Guerra Civil. De acordo com o parlamentar o discurso aconteceu no último sábado (22/10) durante um ato em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) em São Miguel do Passa Quatro.

“O que eu comentei é o seguinte: meu discurso é que eu falei que estava conversando com um amigo meu e ele é Lula e eu falei pra ele que ele não tinha perfil, que o perfil dele é de Bolsonaro. Ele não é a favor de aborto e blablabla. Falei para ele que se o PT vai haver uma Guerra Civil. Eu pelo menos não vou aceitar ver o meu país sendo gerido por um ladrão, por um bandido. É o que eu penso”

Ao amigo, Ribeiro foi bem claro: “Eu disse no meu discurso que falei ao meu amigo, ele vai estar dum lado e eu vou estar do outro”, disparou ressaltando que esse é o sentimento de todo o ‘patriota brasileiro’. “O meu sentimento é o sentimento de qualquer patriota e cidadão que quer o país sendo gerido por alguém que o represente que não foi preso por corrupção, que não é comunista e que não quer transformar esse país num verdadeiro poleiro e chiqueiro. Esse sentimento não é apenas meu. É o de qualquer brasileiro cidadão de bem”, pontuou.

Amauri torce por intervenção militar: ‘passou da hora de acabar com essa pouca vergonha de STF’

Questionado se ao falar em pegar em armas, não estava falando em intervenção militar, Amauri foi contundente. “Tomara que aconteça. Torço muito para que ela venha”, pontuou. Em outro momento da entrevista direciona críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF). “Passou da hora de acabar com essa pouca vergonha de STF, passou da hora de acabar com essa pouca vergonha que tá acontecendo neste país”, destacou. 

Questionado se o discurso não seria uma antecipação da derrota nas eleições do próximo domingo, Amauri negou. “Não, de forma alguma. Eu disse: “a possibilidade”. Nós estamos numa eleição que ninguém pode falar quem vai ganhar a eleição. Ninguém. Eu acho que é a eleição mais dificil que já vimos neste país e ninguém pode falar se é A ou se é B que vai ganhar a eleição. Eu digo que como patriota que sou, não vou aceitar quieto, ser gerido como presidente do meu país”.

Sobrou até para a comunidade LGBT: “Nunca vi veado ter bandeira”

O deputado também foi questionado se o seu discurso não podia ser interpretado como estímulo ao ódio. Amauri rememorou um episódio que viveu tempos atrás quando fez um post defendendo a familia tradicional composta por homem e mulher. “Foram lá e me processaram por homofobia. Eu nem sabia que veado tinha bandeira.  Nunca soube que veado tem bandeira. Eu não tenho bandeira, mulher não tem bandeira, aleijado não tem bandeira, nordestino não tem bandeira. Ai veado tem que ter bandeira. Bandeirinha, eu não sabia”, disparou. 

Amauri ainda lamentou que ‘tudo hoje é apologia’ e disse que tratavam-se de suas opiniões, sempre polêmicas e contundentes. “Eu disse o meu pensamento como cidadão que sou. Tenho direito de dar o meu pensamento. Eu, eu, eu, se Lula ganhar as eleições e eu for chamado a defender o meu pais como reservista que sou eu tô de prontidão a qualquer hora. Antes de ser deputado, sou patriota, brasileiro e reservista”, completou.


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