10 de agosto de 2024
Política

Deputada pede prisão de Glenn Greenwald que rebate: “Falta evidências no seu discurso”

(Foto: Reprodução/ TV Câmara)
(Foto: Reprodução/ TV Câmara)

Na audiência que o jornalista Glenn Greenwald participa nesta terça-feira (25/06) na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados a deputada federal Katia Sastre (PL-SP) quando teve o tempo de fala disse que o norte-americano deveria sair preso da Câmara. “Quem deveria ser julgado e condenado é o jornalista que em conjunto com o hacker cometeu crime”, disse.

Para sustentar a acusação, Katia usa uma denúncia apócrifa feita no último dia 16 de junho por meio de um perfil falso no twitter. Nesse dia, uma conta que adotou o nome “Pavão Misterioso” afirmava que o marido do jornalista, David Miranda (PSOL-RJ) e Jean Wyllys até então filiado ao mesmo partido haviam negociado o cargo pelo valor de R$ 700 mil dólares mais uma mesada de outros 10 mil dólares para que Jean se ficasse no exterior. “Foi publicado também que ilegalmente o senhor jornalista teria pago 700 mil dólares mais uma mesada. Isso também teria que ser condenado e julgado. Então também teria que sair daqui preso também”, acusou.

Glenn em resposta à Kátia agradeceu a deputada por ter ido à audiência. “Teve coragem de expressar essas acusações graves na minha cara”. O jornalista continuou: “Mas eu tenho certeza que cada um aqui, qualquer ideologia que vocês tenham, percebeu que ela expressou muitas acusações graves, que eu cometi crimes e que eu devo ser preso. Mas o que está faltando em seu discurso? Evidências. Uma acusação específicas. Ela não tem evidências nenhuma. Tem apenas táticas de intimidação”.

O jornalista ressaltou que não tem medo do que considerou ameaças da deputada e que não vai parar de continuar a reportar o material possui. “Todo mundo sabe que você não tem nenhuma evidência”.

Glenn ainda disse que poderia sair do Brasil caso quisesse, mas não o faz porque não cometeu nenhum crime e ressaltou que a Constituição permite que continue trabalhando por meio de uma imprensa livre. “Eu poderia sair a qualquer momento do Brasil e publicar todos esses documentos. Mas eu não estou fazendo isso porque: 1) vossa excelência está acusando sem evidências nenhuma e segundo porque este país tem uma Constituição que garante a liberdade de imprensa”, concluiu.


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