A despeito de ser alvo de críticas, de quando em vez, do presidente Jair Bolsonaro e dos filhos, o vice-presidente general do Exército Hamilton Mourão disse nesse fim de semana, em suas redes sociais, que seguirá com o governo federal até o final.
“Desde 2018 tenho viajado pelo Brasil e muitas pessoas falam que votaram na chapa JB-Mourão por confiar em mim. Em respeito a essas pessoas e a mim mesmo, pois nunca abandonei uma missão, não importam as intercorrências, sigo neste governo até o fim”, publicou o político.
Desde 2018 tenho viajado pelo Brasil e muitas pessoas falam que votaram na chapa JB-Mourão por confiar em mim. Em respeito a essas pessoas e a mim mesmo, pois nunca abandonei uma missão, não importam as intercorrências, sigo neste governo até o fim. pic.twitter.com/rDjgrlsYZI
— General Hamilton Mourão (@GeneralMourao) July 31, 2021
A última “intercorrência” foi a fala do presidente Bolsonaro numa entrevista à Rádio Arapuã em que compara seu vice a um cunhado, que a pessoa ‘casa e tem que aturar’.
“O Mourão faz o seu trabalho, tem uma independência muito grande. Por vezes aí atrapalha um pouco a gente, mas o vice é igual cunhado, né. Você casa e tem que aturar o cunhado do teu lado. Você não pode mandar o cunhado embora. Então, estamos com Mourão, sem grandes problemas, mas o cargo dele é muito importante para agregar aí. Dele, não. O cargo de vice é muito importante para angariar simpatias quer seja para candidatura à Presidência, governador ou prefeito”, disse Bolsonaro.
Logo após essa entrevista, surgiu informações que o vice-presidente estava sendo aconselhado a renunciar ao cargo que ocupa de vice-presidente da República. Os conselhos seriam até de generais do Exército muito próximos do vice. Mas que este estaria relutando fortemente esta ideia.
Noutras entrevistas, Hamilton Mourão não descartou de sair candidato a uma vaga ao Senado, em 2022, pelo seu estado natal — Rio Grande do Sul.
Desde o início do governo, Mourão enfrenta a desconfiança dos Bolsonaro. A ideia de que ele poderia dar um golpe e assumir a presidência da República foi fomentada por algum tempo, por isso sofre até hoje alguns torpedos da chamada ala mais ideológica do governo.
Mas que se diga, o general nunca foi de abaixar a cabeça para as críticas nem do presidente e nem dos filhos de Bolsonaro. Sempre respondeu — a seu modo — às críticas que recebia.
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