Em depoimento, o amigo do motorista suspeito de atropelar e matar um vigilante na GO-020 na madrugada de domingo (9) confirmou à Polícia Civil de Goiás (PCGO) que Antônio Scelzi Netto, que conduzia a Mercedes-Benz C180, ingeriu bebida alcoólica horas antes do acidente. Conforme a delegada Ana Cláudia Stoffel, o relato reforça a possibilidade do suspeito estar embriagado no momento da colisão.
Na abordagem policial, Antônio se recusou a realizar o teste do bafômetro e informou em depoimento à polícia que mesmo tendo estado em um pub, não estava sob efeito de álcool no momento do acidente. No entanto, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) e, agora, o depoimento do amigo, comprovam que o jovem mentiu na declaração.
Revendo os fatos
O acidente aconteceu na madrugada do último domingo (9), quando o vigilante Clenilton Lemes Correia ia de moto para o trabalho. Ele foi atropelado pela Mercedes e arrastado por cerca de 200 metros, na GO-020, próximo ao Alphaville Flamboyant, em Goiânia. Após a colisão, o motorista do carro de luxo fugiu do local sem prestar socorro à vítima.
De acordo com a delegada, agora, a polícia tenta traçar uma cronologia dos fatos que culminaram no acidente e constatar o quão afetado pelo álcool Antônio poderia estar no momento da batida. Em depoimento, nesta quarta (12), o amigo do motorista, que estava com ele no carro durante a colisão, afirmou que haviam passado a noite bebendo juntos e que pediu que ele parasse o veículo para socorrer o vigilante.
Já em liberdade
Antônio chegou a ser preso em flagrante no domingo (9), porque a placa do carro se desprendeu com o impacto da batida, ficando na pista e possibilitando a identificação do veículo e do possível autor. Ele foi localizado no Jardim Guanabara, horas depois do acidente.
O motorista permaneceu preso até a noite da última terça (11), quando foi solto por meio de uma liminar que revogou a prisão convertendo a medidas cautelares diversas. A Justiça concedeu a liberdade provisória considerando que o acusado possui residência fixa, emprego e é réu primário.
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