23 de novembro de 2024
Brasil

Denúncias sobre seu envolvimento com Lava Jato são ‘alopragem’, diz Cunha

Brasília – O líder do PMDB e candidato a presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), disse nesta terça-feira, 13, que a denúncia de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef é “alopragem” e disse acreditar numa vitória ainda no primeiro turno. O peemedebista considerou que as notícias publicadas na semana passada, segundo as quais ele teria recebido propina do esquema operado pelo doleiro preso na Operação Lava Jato, fortalecem sua candidatura. “É uma alopragem que foi desmoralizada. São denúncias vazias para desmoralizar minha candidatura”, disse. “Eu só encontro (entre os deputados) solidariedade e revolta. Ganhei muitos votos com essa denúncia vazia”.

 

Na segunda-feira, 12, a defesa de Youssef contestou a informação de que ele teria mandado o policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o Careca, entregar dinheiro a Cunha. Apesar disso, na delação premiada da Lava Jato, Youssef citou o peemedebista como um dos beneficiários do esquema. O deputado nega.

Cunha argumentou que a candidatura do ex-líder do governo Arlindo Chinaglia (SP) é de “submissão” ao Palácio do Planalto e que o deputado Júlio Delgado (MG), que concorre pelo PSB, representa um projeto de “oposição”. Nesse sentido, Cunha afirmou ser o único nome que terá condições de conduzir a Casa de forma “independente” e “altiva”. “O PT se isolou no Parlamento e há um sentimento anti-hegemônico”, pontuou. Ele também criticou as tentativas de Chinaglia de também se colocar como um candidato independente. “Ele pode erguer a cabeça, mas abaixa o corpo”, disparou.

Até o momento, Cunha tem o apoio, além do PMDB, de PSC, PTB, Solidariedade, DEM e PRB. Embora o governo conte com o loteamento da Esplanada dos Ministérios para trazer para Chinaglia parte dos votos do PTB e do PRB, Cunha, tido como adversário do Planalto, se disse confiante: “Eu não acredito que haja um segundo turno”, disse, lembrando que parlamentares do PRB, por exemplo, estão acompanhando suas viagens da campanha. Ele também procurou minimizar possíveis defecções, já que o voto para a presidência da Câmara é secreto. “Eu só posso ser beneficiado por traição. Se alguém vai ser traído será o governo”.

(Estadão Conteúdo)


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