Em entrevista ao editor-chefe do Diário de Goiás, Altair Tavares, o vereador Denício Trindade (UB) comentou sobre a criação da taxa do lixo, que gerou debates na Câmara Municipal. Segundo o parlamentar, a medida é necessária para enfrentar a situação de limpeza da cidade, que, após a nova contratação de uma empresa responsável pelo serviço, tem demonstrado falhas significativas no atendimento à população.
O vereador reforçou que a criação da taxa, apesar de ser uma medida impopular, é a única solução viável para garantir que Goiânia volte a ser uma cidade limpa, bonita e referência a nível nacional. “É um remédio amargo, mas não vemos outra saída. A cidade precisa melhorar, e a sociedade exige respostas”, afirmou. A proposta inclui isenção para quem tem uma renda de até R$ 1.600, com o valor básico da taxa sendo de R$ 250.
Estamos observando uma cidade suja, com a empresa não cumprindo o serviço para o qual foi contratada. Muitas pessoas têm procurado os vereadores, não só a mim, mas a todos, solicitando a limpeza das ruas.
A proposta ainda está em tramitação na Câmara Municipal e, segundo o parlamentar, o prefeito deverá sancionar a lei, uma vez que a cidade precisa de medidas urgentes para resolver os problemas relacionados à limpeza e ao gerenciamento de resíduos urbanos. Nesta terça-feira (10), o presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo informou que taxa do lixo está sem data para uma segunda votação e que os vereadores ainda precisam digerir o projeto por que há muitas dúvidas.
Grandes geradores
Uma das dúvidas que ainda persiste, segundo o vereador, é sobre os chamados “grandes geradores”, como grandes condomínios, que, segundo ele, não deverão pagar a taxa de lixo. “Os grandes geradores, como os condomínios horizontais, já são excluídos do projeto de lei. Eles já fazem sua própria coleta, inclusive seletiva, então seria injusto onerar ainda mais esses locais”, explicou.
Ele também defendeu que a cobrança da taxa seja equilibrada e justa, levando em consideração o valor pago pelos condomínios, mas ressaltou que a taxa não é apenas para a coleta de lixo. “Os condomínios já arcam com outras responsabilidades, como a iluminação pública, a varrição e a segurança. Além disso, o IPTU deles já é mais alto, o que já contempla parte dos custos que seriam assumidos pelo poder público”, concluiu o vereador.
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