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O procurador Demóstenes Torres (PTB) defende uma disputa com a senadora Lúcia Vânia, a fim de definir o segundo nome da base aliada na candidatura ao Senado. Se de um lado a parlamentar tem colocado que não está disputando vaga com ninguém, o petebista disse a reportagem do Diário de Goiás que seria importante uma competição entre os dois, uma concorrência baseada em critérios. Demóstenes disse que está disposto a aceitar qualquer critério.
“Eu tenho o maior respeito pela senadora Lúcia Vânia, agora eu defendo é que haja uma competição, uma concorrência. Em 2002 eu fui para uma convenção com o Jalles dentro do DEM que naquela época se chamava PFL, e em 2010 o nosso candidato a vice-governador só foi definido na madrugada, quando nossa convenção era às 10 da manhã. Nós temos que dar tempo ao tempo, verificar quem reúne as melhores condições e eu defendo qualquer critério. Eu só não defendo tapetão. Agora o critério, qualquer que seja ele eu aceito”, afirmou.
Demóstenes Torres declarou que mesmo se perder a disputa estará na base aliada e não há chance de ir para um grupo de oposição tentar a candidatura. Em caso de vitória ele pede “reciprocidade”.
“Isso não pode acontecer. Se eu não conseguir, não vou procurar grupo de oposição. É uma questão cultural e de lealdade. Nós sempre estivemos deste lado, uma derrota em algum minuto, em algum momento, não quer dizer absolutamente nada, o que não se pode é faltar critérios para a escolha, a escolha tem que ser lastreada na vontade da maioria e a maioria decide quem é o candidato”, declarou.
O ex-senador disse que tem feito um trabalho para construir a candidatura dele, visitando os partidos políticos, deputados federais e estaduais, prefeitos, associações e sindicatos. Demóstenes constantemente tem participado de eventos ao lado do governador José Éliton. Vale ressaltar que os dois são amigos. Neste sábado (12), Demóstenes participará de evento da juventude do PTB em Caldas Novas.
Cachoeira
Questionado se uma nova condenação de Carlinhos Cachoeira poderia interferir na retomada de sua vida política, Demóstenes disse que desde que foi cassado no Senado vem sofrendo, com ataques políticos direcionados a ele, mas que não vê como problema, pois entende que foi provada a inocência dele junto a Justiça e que tenta mostrar isso ao cidadão.
Interceptações telefônicas entre Demóstenes e o contraventor levou à cassação do senador em 2012, sob a suspeita de que ele usava o cargo para ajudar os negócios do bicheiro .A anulação das interceptações ocorreu em outubro de 2016. Na época, o relator da ação, ministro Dias Toffoli, afirmou que a investigação de Demóstenes ocorreu irregularmente, pois não havia sido autorizada pelo STF.
No final do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou processo administrativo disciplinar proposto pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra o ex-senador Demóstenes Torres por suspeita de envolvimento com o contraventor.
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