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| Em 2 anos atrás

Deltan Dallagnol diz não se arrepender de apoiar Bolsonaro e cita Bíblia para justificar machismo; entenda

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O agora ex-deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) foi entrevistado pelo programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira (29) e garantiu uma série de falas polêmicas que têm repercutido pela internet. Dentre suas falas mais contundentes, o também ex-procurador disse que não se arrependeu de apoiar Bolsonaro, que sua cassação foi “fora da lei” e até que mulher deve ser submissa ao homem por que “está na bíblia”.

Está parte em que Deltan Dallagnol fala da bíblia, foi uma das que mais geraram repercussão – negativa – na internet. O ex-deputado federal mais votado do Paraná, mentiu para defender sua posição contrária ao PL das Fake News. O homem teve a capacidade de dizer que versículos da bíblia seriam censurados em caso de aprovação da medida. Vale lembrar que não há no texto da lei, sequer, alguma frase sobre assunto.

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“As plataformas se não quiserem tomar uma grande multa do governo, elas vão derrubar tudo quanto é xingamento, tudo que tenha determinadas palavras, isso vai restringir o alcance, isso é restringir o alcance, por exemplo, de versículos bíblicos que falam que, dentro do lar, existe uma liderança do homem sobre a mulher”, disse Deltan. “Não discuto se isso é errado ou não, porque está na Bíblia”, completou. Veja vídeo.

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Na parte em que defendeu Jair Bolsonaro (PL), Deltan aproveitou para, claro, criticar o presidente Lula. O ex-deputado afirmou que “não pensaria duas vezes” em defender o ex-presidente contra o petista. Ao justificar sua posição, disse que Bolsonaro nunca teria encontrado ditadores enquanto esteve no poder, o que também é outra mentira.

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Bolsonaro se encontrou com príncipe saudita Mohammad bin Salman – de quem recebeu as joias – e com Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria. Os dois são considerados ditadores. Salman estaria envolvido também na morte atroz do jornalista saudita Jamal Khashoggi e Orbán tem uma gestão que fez com que a Hungria deixasse de ser uma democracia plena, segundo resolução do Parlamento Europeu.

Um outro ponto polêmico da entrevista, foi quando Dallagnos usou seu espaço para atacar ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Como em outros momentos, o ex-deputado acusou os ministros de terem “interesses pessoais” ao decidirem pela sua cassação, da mesma forma como ele foi, quando agiu contra Lula. Ele alega que sua cassação teria sido “fora da lei”.

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“Um ministro chega ao tribunal superior não só porque é indicado pelo presidente, mas porque é apoiado por uma série de partidos e figurões da nossa República. […] Essas pessoas querem vingança, o sistema quer vingança”, afirmou.

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Carlos Nathan Sampaio

Jornalista formado pela Universidade Federal e Mato Grosso (UFMT) em 2013, especialista Estratégias de Mídias Digitais pelo Instituto de Pós-Graduação e Graduação de Goiânia - IPOG, pós-graduado em Comunicação Empresarial pelo Senac e especialista em SEO.