23 de dezembro de 2024
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Delegada Adriana Accorsi diz que semipresidencialismo é golpe contra a população brasileira

Foto: Denise Xavier.
Foto: Denise Xavier.

A deputada estadual por Goiás Delegada Adriana Accorsi (PT) disse ao Diário de Goiás que a adoção do sistema semipresidencialismo no Brasil é uma tentativa de golpe porque o ex-presidente Lula está à frente das pesquisas.

“Acredito que é um oportunismo muito grande e uma tentativa de golpe contra a população brasileira e pro sistema político. Já houve um plebiscito no Brasil, onde decidimos pelo presidencialismo. Então eu vejo que é uma tentativa antidemocrática de mais uma vez uma tentativa de usurpar a oportunidade de as pessoas escolherem um presidente que vai ter os plenos poderes da legislatura atual, no caso porque o ex-presidente Lula está em primeiro lugar nas pesquisas”, frisou a parlamentar.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ainda não se posicionou claramente acerca desse assunto. Sua base também no Congresso pouco fala sobre essa possibilidade de mudança no sistema político brasileiro.

O assunto veio à baila nas últimas semanas, alguns políticos e setores da sociedade acreditam que o semipresidencialismo pode ser melhor para a política brasileira. O doutor em sociologia José Elias explicou em entrevista ao DG o que seria um sistema semipresidencialista.

“Nesse caso do semipresidencialismo a figura do primeiro-ministro entraria no sistema de governo e aumentaria o poder do Congresso porque quem nomearia o primeiro-ministro seria o Congresso Nacional. Mesmo que tenhamos um presidente eleito pelo voto direto, o regime político ficaria a cargo da chefia de governo relacionado ao primeiro ministro que seria nomeado pelo Congresso e esse primeiro ministro nomearia um Conselho de Ministros”, esclarece.

Também à reportagem do DG, a advogada eleitoralista Nara Bueno disse que o assunto deve ser discutido no Brasil, contudo ela faz ressalvas sobre a essa temática.

“Eu acho que o semipresidencialismo deve ser discutido, sobretudo apresentado para o eleitorado brasileiro. Porque nenhum sistema, nenhuma solução, ou opção, é panaceia, milagrosa, instantânea e que resolve instantaneamente os problemas que nós temos das instituições e da própria democracia”, destacou a jurista.


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