19 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 01:04

Delações da Odebrecht, sete politicos goianos são citados e duas licitaçoes investigadas

Lista de Facchin tornou-se pública nesta terça-feira (11)
Lista de Facchin tornou-se pública nesta terça-feira (11)


O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de 74 inquéritos pedidos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, referentes a autoridades com prerrogativa de foro e outros possíveis envolvidos a partir de informações obtidas em acordo de colaboração premiada de ex-executivos do Grupo Odebrecht. O ministro determinou, ainda, a revogação do sigilo na maioria dos processos, mantendo em segredo de justiça a tramitação de dois inquéritos e 25 petições.

Sete políticos goianos foram citados nas delações, Daniel Vilela (Deputado Federal), Maguito Vilela (ex-prefeito de Aparecida), Marconi Perillo (Governador do Estado), Demostenes Torres ( ex-senador), Sandro Mabel ( ex-deputado Federal) e Ricardo Fortunato ( ex-prefeito de Trindade).

Nos despachos do ministro os processos foram encaminhados as instancias responsáveis.

O governador Marconi Perillo divulgou nota no final da noite de terça-feira e destacou que vai aguardar o teor da citação para se pronunciar.

Veja a íntegra da nota

NOTA DA DEFESA GOVERNADOR MARCONI PERILLO

O governador do Estado de Goiás aguardará a remessa da citação ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), com a verificação do teor das declarações apresentadas, para se manifestar.

Até o momento foi apresentada apenas uma relação de nomes no bojo de uma delação premiada sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF), tendo o Ministro Fachin se limitado a remeter a outras instâncias documentos para análise, não havendo portanto qualquer inquérito aberto, sendo impossível uma manifestação acerca de citação sem a devida contextualização.

O governador acredita na Justiça e, se necessário, na elucidação de qualquer citação a seu nome, esclarecendo qualquer questionamento assim que conhecer o contexto de eventual citação.

Goiânia, 11 de abril de 2017.

NOTA DA DEFESA DE MAGUITO E DANIEL VILELA

As campanhas de Maguito Vilela, em 2012, e de Daniel Vilela, em 2014, foram feitas inteiramente com recursos contabilizados conforme determina o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e aprovadas pela Justiça Eleitoral. As prestações de contas estão disponíveis no site do TSE. Maguito e Daniel afirmam que nunca estiveram com os delatores, nunca falaram com eles e sequer os conhecem. Ambos refutam qualquer acusação. Informam ainda que não foram notificados das investigações do Supremo Tribunal Federal e que estão tranquilos e convictos de que a ação será arquivada porque não tem qualquer lastro na realidade”.

Ao jornal O Popular o atual prefeito de Goiânia disse que causa estranheza a ele a citação uma vez que suas contas eleitorais foram todas aprovadas pelo TRE.

Os advogados do ex-senador Demóstenes Torres disseram que o cliente desconhece o teor das delações, mas adianta que nunca recebeu doação sem a devida declaração eleitoral.

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Lista de Fachin inclui políticos goianos

Daniel e Maguito afirmam que não estiveram com delatores da Odebrecht

 


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