18 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 01:14

Delação de marqueteiros do PT gera 22 pedidos ao Supremo

O marqueteiro João Santana e a mulher dele, Mônica Moura, deixam a sede da Polícia Federal em Curitiba / Foto: Paulo Lisboa
O marqueteiro João Santana e a mulher dele, Mônica Moura, deixam a sede da Polícia Federal em Curitiba / Foto: Paulo Lisboa

A delação premiada dos marqueteiros João Santana, Mônica Moura e André Santana, funcionário do casal, gerou 22 pedidos ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Eles fecharam acordo com a Operação Lava Jato no começo deste ano.

Não há até o momento informação sobre o que são esses pedidos. Podem ser para abertura de inquérito ou remessa para outra instância, por exemplo.

A informação consta da decisão do ministro Edson Fachin de retirar o sigilo do material.

O documento foi assinado na quarta (10), mas se tornou público nesta quinta (11). A colaboração foi homologada em 4 de abril.

Fachin remeteu o acordo à PGR (Procuradoria-Geral da República) para dar ciência sobre a determinação de abertura de contas judiciais.

Isso indica que eles deverão fazer algum depósito em juízo, como, por exemplo, o pagamento de multa. Não há, no entanto, mais detalhes no documento. Geralmente, os acordos de delação incluem algum tipo de compensação aos cofres públicos relativo às verbas desviadas.

Monica Moura e João Santana foram presos em fevereiro de 2016, na 23ª fase da Operação Lava Jato, suspeitos de receber da Odebrecht e do lobista Zwi Skornicki dinheiro desviado da Petrobras.

Santana, que foi responsável pelas campanhas presidenciais de Lula (2006) e Dilma Rousseff (2010 e 2014), estava na República Dominicana, onde trabalhava para reeleição do presidente Danilo Medina.

Depois de cinco meses, o juiz Sergio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância, autorizou que o casal deixasse a sede da Superintendência da Polícia Federal no Paraná.

Justiça Eleitoral

Santana afirmou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que o presidente Michel Temer também se beneficiou do caixa dois repassado à campanha presidencial de 2014.

Para ele, o peemedebista, candidato a vice de Dilma Rousseff (PT), “gerou prova” contra si mesmo ao participar de gravações de propaganda política.

Segundo Santana, Temer atuou nas propagandas porque “encheu o saco” e pediu “sistematicamente” isso.

Ele disse ainda que decidiu diminuir as aparições de Temer em peças publicitárias da campanha de 2014 ao constatar prejuízo entre eleitores porque o presidente estava associado ao satanismo.

Santana e Mônica Moura disseram que a ex-presidente Dilma Rousseff tinha conhecimento de caixa dois na campanha, apesar de não terem tratado do assunto com essas palavras. (Folhapress)

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