A defesa de Wesley Batista, presidente da JBS, protocolou nesta quinta-feira (14) no Tribunal Regional Federal um habeas corpus, solicitando a liberdade imediata do empresário.
Wesley foi preso preventivamente -sem data para sair- na manhã de quarta-feira (13), em São Paulo, na Operação Tendão de Aquiles, que investiga manipulação do mercado de capitais. O Ministério Público alegou que havia risco de fuga do país.
Os advogados Pierpaolo Bottini e Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, alegam que a liberdade de Wesley não coloca em risco as apurações de “insider trading”, que “as investigações são de conhecimento do executivo há meses” e que “não há fato novo que justifique a drástica medida”.
O pedido de habeas corpus inclui também Joesley Batista, irmão de Wesley e sócio da JBS, porque ele faz parte do processo. Joesley, no entanto, está preso temporariamente em Brasília a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que alega que ele omitiu informações em seu acordo de colaboração premiada.
A prisão temporária de Joesley termina nesta sexta-feira (15), mas pode ser prorrogada ou transformada em preventiva. Se ele for solto, pode ser preso em São Paulo junto com o irmão nessa nova investigação se não obtiver o habeas corpus.
O conselho de administração da JBS, maior empresa de proteína animal do mundo, decidiu aguardar a decisão da Justiça sobre o habeas corpus de Wesley antes de deliberar sobre a escolha de um novo presidente executivo.
Se ele for libertado, a tendência é que retome o cargo e conduza uma sucessão organizada na empresa. Se continuar preso, é provável que o colegiado eleja um substituto. Não há prazo para o juiz decidir sobre o pedido de habeas corpus. (Folhapress)
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