A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu liberar o compartilhamento da íntegra das mensagens vazadas da Operação Lava-Jato a defesa do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, apesar da resistência de procuradores que integravam a força tarefa e tentavam, por meio de recurso, negar o acesso. O ministro Kassio Nunes, indicado por Bolsonaro, foi um dos que votaram a favor do acesso ao conteúdo.
O relator da ação, Ricardo Lewandowski, reforçou o que havia sido decidido na decisão temporária que liberava o conteúdo à defesa. Junto com ele, votaram Gilmar Mendes, Carmen Lúcia e Kássio Nunes. Edson Fachin, foi o único a votar contra.
A defesa de Lula quer analisar as conversas para tentar colocar a suspeição da atuação do ex-juiz Sérgio Moro em tese, o que pode causar a reversão das condenações do ex-presidente.
Parte das mensagens vazadas da Lava-Jato já haviam sido publicadas por uma série de reportagens em diversos veículos de imprensa a partir do banco de dados adquirido pelo The Intercept. Agora, a defesa, quer o acesso a parte do material apreendido pela Polícia Federal com hackers no âmbito da Operação Spoofing que capturou um apanhado imenso de conversas que envolvem os Procuradores da Força-Tarefa e o juiz Sérgio Moro.
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