07 de agosto de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 01:25

Defesa de Loures diz em habeas corpus que Fachin decretou prisão ‘na calada da noite’

Rocha Loures foi preso nesta manhã pela Polícia Federal (Foto: Gazeta do Povo)
Rocha Loures foi preso nesta manhã pela Polícia Federal (Foto: Gazeta do Povo)

MÔNICA BERGAMO – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A defesa do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures entrou nesta segunda (5) no STF (Supremo Tribunal Federal) com um habeas corpus, com pedido de liminar, solicitando que ele seja solto o mais rápido possível.

No sábado (3), o ministro Edson Fachin, relator do caso no Supremo, determinou a prisão de Rocha Loures, que foi levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

O advogado Cezar Bitencourt argumenta que Loures estava recluso, “em absoluto cumprimento das cautelares pessoais em sua residência, com sua esposa no oitavo mês de gravidez”.

“Tinha-se aparentemente aplacados o único elemento perturbador: o assédio da imprensa insuflada pela Procuradoria-Geral da República, em suas tentativas de impor uma marcha espasmódica e espetacular ao procedimento que recaía sobre aquele que supunham ser alguém ‘capaz de derrubar o Presidente da República'”, diz Bitencourt em suas alegações.

Ele reclama do curto período transcorrido entre a apresentação de seus argumentos contra o novo pedido de prisão contra Loures feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e a decretação da prisão por Fachin.

“Inacreditavelmente, seis horas após a entrega das razões de sua defesa”, Fachin, “na calada da noite (meia noite e meia) decretou a prisão do paciente [Loures]”.

Antes da análise do habeas corpus, o advogado de Loures precisa convencer o STF a rever sua própria determinação de não aceitar pedido de habeas corpus contra decisão de ministro relator -no caso, Fachin.

Em fevereiro do ano passado, o STF decidiu pela impossibilidade de habeas corpus contra decisão de relator. O resultado da votação foi apertado -6 votos contra 5.

O argumento de Bitencourt é o de que a composição do STF mudou e que a questão deve ser reavaliada.

Um dos ministros que votou contra a possibilidade de habeas corpus, Teori Zavascki, morreu. Outro, Edson Fachin, não poderia votar de novo agora pois o questionamento é feito sobre medida ordenada por ele. (Folhapress)

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