30 de novembro de 2024
Brasil

Defensoria vai buscar reparação para pais de Ágatha Felix

Aghata Vitória: Morta com um tiro. Investigação busca respostas (foto arquivo pessoal)
Aghata Vitória: Morta com um tiro. Investigação busca respostas (foto arquivo pessoal)

A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ) informou hoje (4) que vai representar, extrajudicialmente e judicialmente, os pais da menina Ágatha Felix, que morreu após ser atingida por um tiro no último dia 20, no Complexo do Alemão. O órgão afirma que buscará a “reparação moral e material devida aos familiares da menina”.

Vanessa Sales Félix e Adegilson Lima, pais de Ágatha, foram recebidos ontem (3) pelo Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh) da DPRJ, após encaminhamento da Comissão de Direitos Humanos da seccional fluminense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Ágatha Félix, de 8 anos, foi baleada quando estava em uma Kombi com a mãe, na comunidade da Fazendinha. A Polícia Militar diz que houve confronto entre policiais e traficantes. Já os familiares de Ágatha e o motorista da Kombi afirmam que não houve tiroteio.

A menina chegou a ser socorrida e levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no Alemão, e depois transferida para o Hospital Getúlio Vargas, onde foi operada durante cinco horas. Ágatha não resistiu aos ferimentos e morreu no dia 21.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital, da Polícia Civil, que realizou uma reconstituição do caso na última terça-feira. Apenas três policiais militares, dos 11 convidados a participar, colaboraram.

Denúncia

O governador, Wilson Witzel, disse ontem que será apurada “com rigor” uma denúncia de que PMs teriam entrado no Hospital Getúlio Vargas para tentar obter a bala que atingiu a menina e causou sua morte.

Em nota, a Polícia Militar informou que a conduta dos PMs “em relação ao triste episódio” é objeto de apuração de Inquérito Policial Militar. A PM afirma ainda que “a presença de policiais militares em unidades de saúde checando e colhendo informações sobre a entrada de vítimas de disparos de arma de fogo faz parte das rotinas de atuação das equipes durante o serviço”.

Já a Polícia Civil informou que ainda “não há nada nos autos” do inquérito sobre suposta tentativa de ocultamento de provas.


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