A Defensoria Pública de Goiás (DPE-GO) encaminhou ofício ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e à Delegacia de Polícia da cidade de Goiás solicitando a apuração do caso do médico suspeito de cometer injúria racial ao tratar um homem negro como escravo num vídeo nas redes sociais.
Os documentos foram enviados na quarta-feira (16). O coordenador do Núcleo Especializado de Direitos Humanos (NUDH), Marco Túlio Felix Rosa, também conversou com o delegado Gustavo Barreto, que conduz a investigação e acompanhou a vítima durante oitiva.
A DPE também solicitou acesso aos autos do inquérito policial e, ao MPT, que adote providências para investigar o caso.
Relembre
A apuração diz respeito a um vídeo divulgado nesta quarta-feira (16), nas redes sociais de um médico. Na postagem, ele acorrentou um homem negro e fez referências à escravidão na fala.
“Falei para estudar, mas não quer. Vai ficar na minha senzala”, disse. O homem tinha correntes nas mãos, pés e uma argola de aço no pescoço.
A Prefeitura de Goiás emitiu nota repudiando o ato do médico. “O ato divulgado, sem explicação aceitável, causa profunda repulsa e deve ser objeto de investigação e apuração pela autoridade policial competente, para uma célere instrução e responsabilização nos termos da lei”, pontuou destacando que vai acompanhar de perto a apuração dos fatos.
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