A Defensoria Pública da União (DPU) comunicou nesta segunda-feira (9) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que irá atuar provisoriamente na defesa da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) que fugiu do país.
A medida valeria enquanto ocorre a confirmação da ausência de um defensor da deputada.
No ofício, a DPU informa que a oferta de um defensor público tem o objetivo de “resguardar, desde já, o pleno exercício do contraditório e da ampla defesa”.
A deputada foi condenada a 10 anos de prisão no processo em que Moraes é relator. A sentença refere-se à invasão aos sistemas de mandados judiciais do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), realizada pela deputada com auxílio do hacker Walter Delgatti Neto, que também foi julgado.
Entretanto, na última semana, Carla Zambelli anunciou, em uma transmissão ao vivo, que não estava mais no Brasil e que não tinha intenção de retornar. Com isso, Moraes pediu a extradição da parlamentar, que também deve perder o mandato com a decisão do STF.
Apesar de ter saído do Brasil, Zambelli disse, na última sexta-feira, 6, que iria se apresentar às autoridades italianas, onde estaria, para não ser considerada fugitiva. Na Itália, entretanto, existe reação contra a presença da deputada.
A parlamentar era representada pelo advogado Daniel Bialski, que renunciou da função depois que ela foi para os Estados Unidos antes de seguir para a Itália. Bialski precisa se manter na defesa dela por dez dias, como informou a CNN Brasil nesta segunda. Segundo a CNN, Zambelli já estaria em busca de um advogado para atuar junto ao STF e outro para atuar na Itália.
Sobre sua situação na Itália, ela disse que busca proteção contra “perseguição política” no país e que deseja se regularizar para não parecer que está afrontando as autoridades. Até o momento, a deputada segue foragida da Justiça brasileira e teve seu nome inserido na difusão vermelha da Interpol a pedido do STF encaminhado pelo Ministério da Justiça.
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