16 de agosto de 2024
Legado • atualizado em 22/12/2022 às 16:59

Defensores da causa ambiental lembram os 34 anos da morte do ativista e fundador do PT, Chico Mendes

Chico Mendes foi assassinado por grileiros no dia 22 de dezembro de 1998, no Acre
Foto: Reprodução/Twitter
Foto: Reprodução/Twitter

Há 34 anos atrás, no dia 22 de dezembro de 1988, Chico Mendes, um dos maiores defensores da causa ambiental, ativista e fundador do Partido do Trabalhadores (PT), era assassinado em Xapuri, no Acre. A data ficou marcada e sua trajetória é relembrada até hoje, por ambientalistas, ativistas e simpatizantes da causa.

Chico Mendes ficou nacional e internacionalmente conhecido por sua luta como ativista em prol da conservação da Amazônia e defesa dos povos nativos. Começou sua carreira política nos anos 1970, indo contra a exploração dos donos de seringais que causavam repressão dos trabalhadores e danos ao meio ambiente. De modo muito atuante, ele desenvolveu ações de conscientização da floresta, em defesa dos seringueiros e contra os grileiros.

Início na política

A militância à favor dos trabalhadores rurais e do meio ambiente, incentivaram Chico a entrar para a vida política oficialmente. Em 1977, o ativista fundou o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri, e se elegeu pela primeira vez como vereador pelo MDB. Por conta de sua atuação, na época da ditadura, foi acusado de subversão, preso e torturado.

Em 1880, Chico Mendes ajudou a fundar o PT e se tornou um dos principais líderes do partido no Acre. Já em 1982, fazia parte de atos organizados em favor da redemocratização da região. Lutou pela articulação dos seringueiros e criou o Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS), o que mais tarde se tornou referência na batalha pela demarcação das reservas extrativistas.

Também foi um dos atuantes na criação da Aliança dos Povos da Floresta, que unia as causas dos povos indígenas, ribeirinhos e trabalhadores que viviam do que a floresta dava, como seringueiros, castanheiros e pescadores. Por meio disso, Mendes conseguiu que o Governo Federal criasse as reservas destinadas a retirada de látex e castanha-do-pará, de forma sustentável.

Prêmios e legado

A mobilização promovida por Chico rendeu prêmios internacionais que deram voz ao reconhecimento de seu trabalho, como o Prêmio Global 500 de Preservação Ambiental da ONU e a Medalha de Meio Ambiente da Better World Society.

As denúncias de Mendes em relação a exploração ilegal da floresta resultaram em intimidação e ameaças de morte. Até que no dia 22 de dezembro de 1988, Chico Mendes foi assassinado a tiros em sua casa, na presença da sua família, pelo grileiro Darly Alves da Silva, que foi condenado a 19 anos de prisão, em 1990.

Chico se foi, mas o legado permaneceu. Sua luta foi, e ainda é inspiração para a defesa da causa, não só no Brasil, mas no mundo. Seu nome foi eternizado em prêmios, congressos, medalhas e no instituto de conservação que carrega sua assinatura, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, criado em 2007, que ainda protege e ampara a causa ambiental.

Com informações da página Pensar História


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