22 de dezembro de 2024
Definição próxima

Decisão sobre proposta do governo será dos servidores, dizem entidades

Proposta de 10,16% será apreciada por entidades em assembleia na antiga sede da Alego, e dirigentes evitam comentar os números
Assembleia de servidores em 2015, na frente da Alego. (Foto: Arquivo DG)
Assembleia de servidores em 2015, na frente da Alego. (Foto: Arquivo DG)

O Fórum em Defesa dos Servidores e do Serviço Público de Goiás se reúne na manhã desta terça-feira (8), às 10h, na antiga sede da Alego, para definir se aceita ou não a proposta do governo estadual para a data-base. Na semana passada, o governador Ronaldo Caiado apresentou a possibilidade de 10,16% de reajuste, recompondo a inflação de 2021.

Ao todo, são mais de 40 sindicatos de servidores públicos estaduais envolvidos, dos quais oito participaram da reunião. Todos eles preferem aguardar a manifestação dos trabalhadores sobre a proposta.

De acordo com o presidente do Sindipúblico, Nylo Sérgio, que coordena o fórum, qualquer avaliação sobre a proposta cabe às categorias. “Quando as categorias se manifestarem, aí sim podemos dar alguma deliberação posterior”, disse ao DG.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima, reafirmou. “Não vamos decidir pela categoria. Todas as entidades juntas, na terça-feira, vão decidir sobre que rumo tomar”, reforçou.

O Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) e o Sindicato dos Servidores e Serventuários da Justiça (SindJustiça) também se manifestarão apenas a decisão dos trabalhadores. O presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiros Militares do Estado de Goiás (ACS), Gilberto Cândido Lima, foi no mesmo sentido.

“Só quem pode definir isso é a categoria. Portanto, saímos da reunião com o governador com a proposta de 10,16%. Fato é que é nós temos 25,53% de reposição salarial do atual governador. Vamos levar esse percentual para a assembleia geral no dia 8”, destacou.

O Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde (Sindsaúde) entende que “a proposta deveria ser melhorada já que a situação financeira do estado permite um reajuste maior”. A entidade cita um estudo do Dieese que aponta que Goiás poderia oferecer o quádruplo sem penalidades. “O Dieese apresentou o resultado. O governo tem condições financeiras e fiscais de conceder até quatro vezes esse percentual sem ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal”, destacou a entidade em nota.

Governo diz que chegou ao limite

O último encontro entre o governo e o fórum ocorreu na sexta-feira (4). O Palácio das Esmeraldas apresentou a oferta de 10,16% e afirmou que chegou a um limite imposto pelo Regime de Recuperação Fiscal (RRF).

“A lei nos impede de fazer qualquer proposta acima disso”, disse o secretário-geral da Governadoria, Adriano da Rocha Lima. “Estamos dentro dos limites legais, o limite da RRF nos impõe como obrigatório, senão somos penalizados com a saída do RRF de que não podemos passar nenhum reajuste acima da inflação dos últimos doze meses. Essa inflação foi de 10,16%, não significa que esse será o reajuste, mas significa que esse é o teto daquilo que pode chegar com aquilo que diz  RRF. Dentro disso, mostramos as alternativas e eles foram muito receptivos”, pontuou.


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