14 de agosto de 2024
Cidades

Decisão de Gilmar Mendes permite entrada de Goiás no Regime de Recuperação Fiscal sem privatização da Saneago

Mendes prorroga por mais seis meses suspensão de dívidas de Goiás com a União
Mendes prorroga por mais seis meses suspensão de dívidas de Goiás com a União

A decisão do ministro Gilmar Mendes publicada nesta terça-feira (30/12) em prorrogar por mais seis meses a suspensão de pagamentos das dívidas de Goiás junto aos bancos públicos e o Tesouro Nacional foi bastante comemorada pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM-GO). Ela também permite a entrada do Estado no Regime de Recuperação Fiscal (RRF) sem que tenha que abrir mão e vender as ações que possui na Saneago.

Mendes entende que abrir mão da companhia de saneamento neste momento pode trazer prejuízos ao serviço público visto que a Saneago executa uma tarefa essencial à população. “De mais a mais, há que se considerar que uma transferência abrupta da empresa em referência pode representar comprometimento da prestação de serviço público

essencial, ou até mesmo sua interrupção, e prejudicar o atendimento de várias das diretrizes preconizadas […] no novo marco de saneamento básico.”

Gilmar também entende que a privatização da companhia neste momento trará maior endividamento ao Estado. “Mas a privatização da Saneago, como orienta a União, gerará para o Estado o aumento de seu endividamento na medida em que vários contratos de empréstimos e financiamentos firmados pela companhia têm cláusula de vencimento antecipado na hipótese de alienação de controle acionário”

Para o Estado conseguir ser inserido na RRF, o Governo Federal impunha algumas condições a Goiás como cortar gastos com pessoal, a aprovação da reforma da previdência estadual e a privatização de algumas estatais como a Iquego, a Metrobus, a Celg GT e a Saneago.

Em entrevista à CBN Goiânia, Caiado comemorou. “Essa decisão mostra como governamos. Somos um Estado que o povo acredita, que não é assaltado nem é máquina de corrupção. Esse é o Estado que tenho orgulho de representar”, declarou. 

Também destacou o planejamento econômico que sua equipe vem fazendo e aproveitou para criticar a gestão anterior tocada pelos tucanos do PSDB. “Vamos apresentar um plano sério. Não como os do governo anterior, de Marconi Perillo, que fez a negociação e não cumpriu, furou o teto de 2018 e levou Goiás a mais uma multa de R$ 600 milhões”, citou. Ao relembrar as dificuldades financeiras assumidas por ele no início da gestão, Caiado questionou: “Como um ex-governador, que era tido como ‘bom gestor’, leva Goiás a estar entre os quatro piores Estados do país do ponto de vista fiscal, ao colapso da máquina?”. Ronaldo Caiado assegurou que o projeto é sair desse cenário o mais rápido possível. “Goiás é um Estado que tem tudo para recuperar.”


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