11 de agosto de 2024
Destaque 2 • atualizado em 21/10/2020 às 18:45

Decisão de Bolsonaro ‘vai na contramão de todos os avanços’, afirma Butantan

Caiado segura uma amostra da CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan. (Foto: Divulgação)
Caiado segura uma amostra da CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan. (Foto: Divulgação)

Não demorou muito para o Instituto Butantan reagir aos comentários feitos pelo presidente da República, Jair Bolsonaro que se mostrou relutante ao longo desta quarta-feira (21/10) sobre a CoronaVac, vacina desenvolvida no instituto e disse que o governo federal não iria gastar um centavo com a “vacina chinesa”. O Butantan, por meio de nota, afirmou que “a postura de uma parte da União vai na contramão de todos os avanços conquistados até aqui”.

É que Bolsonaro não gostou nada do anúncio feito ontem (20/10) que o Ministério da Saúde iria comprar 46 milhões de doses da ‘vacina chinesa’, desenvolvida pelo Butantan. “A CoronaVac, aliás, demonstra-se mais segura em comparação a outras vacinas em teste para COVID-19, e apresenta menor percentual de efeitos colaterais nos resultados obtidos até o momento”, pontua o Instituto em seu posicionamento.

LEIA TAMBÉM: Após anunciar acordo, Ministério da Saúde diz que ‘não há intenção de compra de vacinas chinesas’

O posicionamento do Butantan utiliza uma frase do titular do Ministério da Saúde, Eduardo Pazuello, dita ontem na reunião com governadores e secretários da saúde de todos os estados brasileiros. “A vacina do Butantan será a vacina brasileira. Nós já fizemos uma carta em resposta ao ofício do Butantan e essa carta, ela é o compromisso da aquisição dessas vacinas”, disse Pazuello. O Butantan complementa: “A frase é clara e sequer dá margem para interpretações divergentes, sendo descabida a afirmação do Ministério de que houve ‘uma interpretação equivocada”

NÃO DEIXE DE LER: Decisão de Bolsonaro não tem ‘grandes impactos’ em cronograma de vacinação, diz secretário de Saúde

O Instituto pontua que qualquer vacina deverá passar pela aprovação da Anvisa. “É evidente que qualquer aplicação requer aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e todos os esforços para celeridade em todos esses processos estão sendo empregados para que a população tenha acesso o mais rápido possível a uma vacina segura e eficaz.”


Leia mais sobre: / / / Destaque 2

Comentários

1 Comentário
Mais Votado
Mais Novo Mais Antigo
Opiniões Inline
Ver Todos os Comentários