O secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, afirmou nesta quarta-feira (21) que a decisão do presidente Jair Bolsonaro de vetar o acordo de intenção de compra da candidata à vacina chinesa CoronaVac não causa grandes impactos no cronograma de vacinação apresentado na terça-feira (20) pelo Ministério da Saúde.
Em reunião com governadores e secretários de Saúde, a pasta informou que a intenção era iniciar a vacinação da população contra a covid-19 em janeiro. Segundo Alexandrino, foram apresentadas pelo ministério diversas vacinas, todas já na fase final de testes. Por isso, segundo ele, “a determinação do presidente não altera, do ponto de vista do cronograma, a programação inicial do ministério. Tem a previsão para janeiro”, afirmou. “Sem grandes impactos”, completou.
O secretário pediu ainda que a população mantenha a calma, pois os governos federal e estadual mantêm a previsão para início da vacinação. “É importante a população manter a tranquilidade e a serenidade. A nossa expectativa é boa para, no início de 2021, começarmos a imunização no estado de Goiás e no país”, ponderou.
Ele pontua que, caso haja um atraso, não deve ser superior a 30 dias. O tempo é a diferença apontada pelo Ministério da Saúde entre a CoronaVac, um pouco mais adiantada, e a vacina da AstraZeneca/Oxford, a qual o governo federal acordou a compra de 100 milhões de doses.
Vacina só com comprovação
Alexandrino reforçou que qualquer vacina, antes de disponibilizada ao público, precisa atestar eficácia e segurança nos testes, além de obter registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O secretário pontuou que o Ministério da Saúde garantiu a compra de vacinas que superaram os protocolos
“O posicionamento atual, inclusive o Ministério da Saúde já emitiu nota a respeito, é que a vacina que tiver respeitado todas as fases com segurança nos resultados, com a OMS reconhecendo sua eficácia e a Anvisa aprovando, ela será adquiria e distribuída pelo Ministério da Saúde”, destacou.
Sobre a CoronaVac, Alexandrino lembrou que, apesar do veto à compra da China, o imunizante será produzido no Brasil. “Mesmo essa vacina não tinha programação do ministério de comprar da China, que é a determinação do presidente. É uma vacina que está sendo produzida no Instituto Butantan”, disse.
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