No quarto bloco do debate promovido pelo Jornal O Popular com os quatro cndidatos ao governo do Estado mais bem colocados nas pesquisas: Marconi Perillo (PSDB), Iris Rezende (PMDB), Vanderlan Cardoso (PSB) e Antônio Gomide (PT), cada participante pôde perguntar a outro sorteado com tema livre. Os três nomes de oposição ao governador Marconi aproveitaram para centrar o foco das críticas a ele, em temas como a segurança pública, funcionalismo e plano de governo.
- Candidatos discutem projetos para UEG, saúde e infraestrutura
- Questão CELG e contradições dos candidatos são levantados por jornalistas em debate
- Segurança e educação são temas levantados por leitores em debate
Iris perguntou para Marconi sobre segurança. Segundo o candidato do PMDB, a segurança pública foi se deteriorando e a população não se sente segura para sair de casa, como se não existisse a presença do estado.
O governador disse que só neste ano foram investidos R$ 1,6 bi na área, com novas câmeras, aumento de 6 mil homens nas polícias, inclusão de mais 118 delegados de polícia, combate a entrada de 22 mil quilos de drogas apreendidos nos últimos 2 anos. Ainda de acordo com o governador foram feitos investimentos na melhoria dos salários dos políciais, substituição da frota pela terceira vez, investimento na inteligência, centrais de controle e sistemas interligados através da internet.
Mas Iris afirmou que a população não tem sentido isso. Para ele, a realidade é outra. O peemedebista disse que o Estado de Goiás era 18º mais violento e agora é o 4º. Segundo ele, o estado de São Paulo reduziu a violência e Goiás subiu 231% o índice de criminalidade. Para Iris, isso é injustificável. De acordo com ele, está faltando algo, o povo está amedrontado, até as propriedades rurais estão sendo assaltadas.
Marconi disse que o governo está fazendo a parte com firmeza. Segundo ele, a polícia nunca prendeu tantas pessoas, mas afirmou que legislação é ruim. De acordo com o governador, as fronteiras estão escancaradas e o fundo penitenciário nacional não faz os repasses corretamente, alegando falha do governo federal.
No questionamento ao candidato Vanderlan Cardoso (PSB), Iris disse que nas eleições passadas eles se depararam com um festival de propostas de Marconi de que ele construiria muitas coisas em Goiás. Iris criticou Marconi Perillo em sua pergunta, questionou como Vanderlan avalia quem faz promessas e depois de eleito esquece os compromissos feitos com a população?
O pessebista disse que a maioria dessas propostas são bonitas na época da eleição, mas quando as pessoas assumem o governo, começam a jogar a culpa nos outros, e deu como exemplo a crítica do governador do Estado, Marconi Perillo, ao dizer que a falta de segurança é culpa do governo federal.
Iris Rezende complementou: “eu diria mais, o governo exagerou nos gastos e quebrou o estado. Hoje o governo vai buscar dinheiro no fundo do estado, enquanto gastou mais de 500 milhões em publicidade”. Segundo Iris, um governante tem que ter firmeza de propostas e encarar as coisas com espírito público verdadeiro.
Vanderlan afirmou que os goianos estão vendo dois estados diferentes. Para o candidato do PSB, existe um estado da propaganda e o outro é da realidade.
Em sua última pergunta, Iris falou para Antônio Gomide que acompanhou o trabalho dele no município em Anápolis, e naturalmente deve ter sido acompanhado também, enquanto prefeito de Goiânia. A pergunta foi sobre as mudanças que o candidato do PT promoveria a frente do governo de Goiás.
O ex-prefeito de Anápolis disse que a população está a 20 dias de uma eleição muito importante para o estado. “Temos um estado que cresce acima da média nacional, mas 96% dos municípios não participa disso”, afirmou. De acordo com Gomide, ele quer governar para que o setor produtivo busque a vocação de cada região.
Iris declarou que estava de acordo com a fala do petista. Segundo ele, há mais de um ano não se instala nenhuma empresa em Goiás por falta de energia. Ainda de acordo com Iris, o estado tem energia, mas o governo se esqueceu de fazer novas redes de transmissão. O peemedebista afirmou que Goiás vai bem porque o empresariado goiano correspondeu e que eles estão segurando a questão do governo.
Gomide disse que é preciso entender que o mandato é passageiro. Para ele, “Nós não podemos ter um governador que seja intolerante com os debates, que não ouça a população. Precisamos de um governo moderno, que possa fazer a diferença na relação com o povo goiano”.
Na rodade de perguntas de Antônio Gomide, o petista questionou Marconi sobre a insatisfação do funcionalismo público e sobre a volta da titularidade para os professores.
Marconi, por sua vez, afirmou que a marca do governo é a tolerancia com todos os segmentos. Segundo ele, as portas do palácio sempre estiveram abertas. De acordo com o governador, os servidores públicos são testemunhas de que nenhum governo fez por eles o que o governo atual tem feito. Marconi declarou que os salários nunca atrasaram e que o Estado paga o piso dos professores.
O ex-prefeito de Anápolis disse que quer ser governador para devolver a titularidade aos professores assim como fez no município vizinho. Para Gomide, o diálogo da titularidade e das condições de trabalho do professor tem que ser realidade.
O governador afirmou que em suas administrações os servidores sempre foram prioridade. Segundo ele, o governo procurou dar o maximo de valorização aos servidores. Sobre o corte da titularidade, Marconi afirmou: “temos uma questão orçamentária e financeira, se tivessemos mantido como estava comprometeríamos o fundo da educação”.
Na pergunta para Vanderlan Cardoso, Gomide disse que nesse momento importante das eleições, a saúde recebeu nota 3 e a segurança pública também. O questionamento foi sobre a proposta de governo para o meio ambiente no estado de goiás.
Vanderlan criticou a administração estadual e disse que o governo colocou nota 3 em tudo, mas ainda assim parabenizou os professores. Segundo ele, o meio ambiente tem sido deixado de lado. De acordo com ele, o crescimento dos parques não aconteceu, os aterros sanitários estão a ceu aberto, e a degradação tem aumento em muitos municípios. Vanderlan falou da criação de um parque na região metropolitana de Brasília.
Gomide disse entender que o meio ambiente precisa de avanços consideráveis. Ele afirmou que, se eleito, quer dar a mão aos prefeitos e prefeitas para melhorar a qualidade de vida das pessoas, recuperar nascentes e os planos diretores das cidades.
Vanderlan apresentou a franquia ambiental como proposta. Ele disse que esteve na cidade natal do governador Marconi Perillo, Palmeiras de Goiás, e ficou impressionado com lixão da cidade.
Em sua última pergunta, para o candidato Iris Rezende, Gomide voltou a falar sobre o funcionalismo público, e questionou o peemedebista sobre sua relação com os servidores estaduais para que eles tenham condições de trabalho adequadas.
Iris, disse respeitar os companheiros de trabalho. O candidato afirmou que o correto é valorizar, cumprir e resgatar os direitos dos servidores, dessa forma os trabalhadores tem entusiasmo no dia a dia. Segundo Iris, se eleito, abrirá concursos para que as pessoas tenham condições de ocuparem cargos públicos, e considerou abusivos o númeor de comissionados no Estado.
Gomide reiterou que respeito significa diálogo. “Não podemos estar no poder e fazer dele algo engessado”, afirmou o petista. Para ele, o professor tem que ter tranquilidade. Gomide declarou que se eleiteo, quer ser governador para fazer da educação a indutora de conhecimento para Goiás.
Iris declarou que resgatará a dignidade dos servidores. De acordo com ele, se deve conservar o que é bom e melhorar as ações em todas as regiões do estado.
Leia mais sobre: Política
