Por Almir Leite
As substituições feitas pelo técnico Fabián Bustos foram fundamentais para o Santos vencer o Universidad Católica do Equador por 3 a 2, nesta quarta-feira, na Vila Belmiro, conquistar seus primeiros três pontos no Grupo C, e se manter na luta pela classificação na Copa Sul-Americana. Após um primeiro tempo bem ruim, o time reagiu na etapa final, virou a partida e saiu de campo aplaudido pela torcida. Na próxima quinta-feira, vai ao Chile enfrentar o Unión La Calera e tentar a primeira vitória fora de casa.
O Santos ainda está longe de ser um time com padrão de jogo. Há distanciamento entre os setores em campo, a marcação é frouxa, dando espaços ao adversário, e o ataque ainda tem dificuldade para ser mais efetivo. Além disso, contra os equatorianos o time pecou muito pelos erros de passe.
A Universidad Católica, por sua vez, se mostrou um time mais bem armado. Com marcação eficiente, bom toque de bola, embora um pouco lenta, e movimentação de seus jogadores, dominou tranquilamente o Santos na primeira etapa. Terminou em vantagem, que até poderia ser maior.
O Santos, porém, até deu a impressão de que poderia vencer com tranquilidade. No seu primeiro ataque efetivo, aos 16 minutos, chegou ao gol. Madson recebeu de Angulo (que fez boa partida, ao contrário do sumido Ricardo Goulart) e cruzou a meia-altura. Jhojan Julio teve liberdade e abaixou-se para cabecear e marcar seu primeiro gol pelo time da Vila.
Porém, em vez de aproveitar a vantagem para assumir controle do jogo, o Santos deixou-se dominar. E pagou caro. Dez minutos depois, Cristian Martínez recebeu passe com liberdade na área e bateu forte para empatar. Detalhe: foi a terceira conclusão seguida do time equatoriano, que só não havia chegado ao gol um minuto antes porque João Paulo evitou com bela defesa.
A partir daí só deu Universidad Católica, que criou mais algumas chances até virar, aos 42 minutos. Minda pegou um rebote de frente para o gol e chutou forte.
O Santos seguiu jogando mal e errando passes na etapa final. Em um desses erros, o lateral Cortez aproveitou, avançou com liberdade e soltou a bomba na trave.
O técnico Bustos tentou melhorar a produção ofensiva trocando o inoperante Lucas Braga por Ângelo e logo depois Ricardo Goulart por Léo Baptistão. E suas alterações foram fundamentais para o crescimento santista. O time chegou a marcar com Bauermann após cobrança de escanteio, mas Angulo participou da jogada, e como estava impedido, o gol não foi validado.
O Santos passou a criar chances e alcançou o gol de empate quando Léo Baptistão foi empurrado na área por Ordóñez após cobrança de escanteio. O próprio Baptistão cobrou, no canto esquerdo alto do goleiro Cuero, e empatou.
O terceiro gol sairia sete minutos depois, em jogada com participação de outro jogador que Bustos colocou em campo: Lucas Barbosa recebeu de Lucas Pires e cruzou para Angulo fazer um belo gol de cabeça, aos 39.
A partir daí, foi controlar o jogo para garantir a vitória. Apesar de o Santos ainda ser uma equipe confusa, mostrou um poder de reação que poderá dar confiança para a sequência da temporada.
FICHA TÉCNICA
SANTOS 3 X 2 UNIVERSIDADUNIVERSIDAD CATÓLICA-EQU
SANTOS: João Paulo; Madson, Maicon, Bauermann e Lucas Pires; William Maranhão (Zanocelo), Rodrigo Fernández (Pirani) e Ricardo Goulart (Léo Baptistão); Lucas Braga (Ângelo), Angulo e Jhojan Julio (Lucas Barbosa).
Técnico: Fabián Bustos.
UNIVERSIDAD CATÓLICA: Cuero; Anangoló, Bryan Cancedo, Mosquera e Cortez (Rivas); Minda, Facundo Martínez, Zamora (Cevallos) e Alzugaray; Diáz e Cristian Martínez (Ordóñez).
Técnico: Miguel Rondell.
GOLS – Jhojan Julio, aos 16, Christian Martínez, aos 26, e Minda, aos 42 minutos do primeiro tempo. Léo Baptistão, aos 32, Angulo, aos 39 do segundo.
ÁRBITRO – José Argote (VEN).
CARTÕES AMARELOS – William Maranhão, Fabián Bustos, Cevallos, Mosquera, Facundo Martínez, João Paulo e Anagonó.
RENDA – R$ 263.352.50.
PÚBLICO – 9.424 torcedores.
LOCAL – Vila Belmiro.
(Conteúdo Estadão)
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