25 de novembro de 2024
Cidades

De saída do PSB, Lucia Vânia coloca seu nome a disposição para o Governo Caiado

(Foto: Senado Federal)
(Foto: Senado Federal)

Após 4 anos, a ex-senadora da República, Lúcia Vânia deve mesmo deixar o PSB. Rumores apontam um desgaste na relação com outros líderes da sigla e o fato da ex-tucana estar sem mandato colaboram com a mudança partidária. Reunião com líderes do partido deve sacramentar a saída ainda nesta quinta-feira (28/03), no Hotel Kananxuê.

Em entrevista ao Diário de Goiás, Lúcia confirmou que tem conversado com o presidente do partido para “fazer essa transferência”, mas que por ora, não há nada definido. Apesar de ter o mandato da presidência do PSB em Goiás até 2020 confirmou que é hora de passar o comando do partido pra frente, “porque há divergências de ponto de vista”, citou.

O “dia D” para a definição de sua saída deve ser amanhã. Lúcia se propôs a discutir com prefeitos e líderes do partido sobre seu futuro. Um encontro amanhã deve sacramentar a saída. Lúcia tem ressaltado que mantém conversas com o alto clero do PSB sobre a pauta. “Estou conversando com as principais lideranças do partido para não fazer uma coisa que venha trazer ressentimentos”, ressaltou.

Questionada se o fato de estar sem o mandato de senadora influenciou na decisão de sair do partido Lúcia explicou que o PSB elegeu apenas dois senadores em todo o Brasil e por isso ficaria sem liderança na Casa. Com isso, a sigla ficaria sem estrutura e não participaria da agenda do Congresso e tampouco das reuniões de liderança. Para solucionar o impasse, o deputado federal Elias Vaz, também do PSB convidou o senador Jorge Kajuru, então do PRP para compor o partido. “O Kajuru já chegou com essa condição de líder”, explica. “Eu própria sugeri que era melhor entregar o partido pra ele assumir já que te mandato”, salientou.

Se a saída da sigla já é praticamente certa, para onde Lúcia Vânia migrará? Ela mesma adianta que deverá ser o PPS, que teve seu nome alterado na última terça-feira (26/03) para Cidadania. “A minha vontade era de não ir para partido algum”, comenta rindo. “Mas com a estruturação do Cidadania, os prefeitos que me apoiam, gostariam de ir para um partido assim, que está sendo estruturado agora”, ressalta. Diga-se de passagem o Cidadania é comandado em Goiás por seu sobrinho, Marcos Abrão, que até janeiro cumpria seu mandato de deputado federal.

A ex-senadora, salienta o momento é de colocar as coisas pessoais em dia. “Neste momento, estou reorganizando minha vida pessoal que ficou muito fechada ao longo deste período [de vida pública]”. Lucia Vânia concluiu dizendo que pode ajudar Ronaldo Caiado caso seja necessário. “Participei da discussão da privatização da Celg. Da formatação do Leilão da Norte-Sul e também das concessões das Rodovias”, mencionou. “Foram trabalhos que eu fiz e pretendo continuar ajudando”, concluiu.


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