SÉRGIO RANGEL
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – De colete à prova de balas, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), assistiu na manhã deste domingo (4) a um culto evangélico no Rio.
Nas cerca de duas horas dentro da Igreja Batista Atitude, Bolsonaro chorou, se ajoelhou no púlpito durante oração e fez um rápido discurso de agradecimento.
Ao lado de Michelle Bolsonaro, sua mulher, que é tradutora de libras na igreja, ele atribuiu sua vitória à decisão de Deus.
“Há quatro anos, decidi disputar a Presidência, sem recurso, sem partido, sem tempo de televisão, com grande parte da mídia contrária as nossas propostas. Mas, se isso tudo isso aconteceu no último domingo, só tem uma explicação. Foi Deus que decidiu. Nenhum cientista político conseguiu explicar o velho garoto que tinha apelido de palmito ter chegado onde chegou”, disse Bolsonaro.
No seu discurso, ele voltou a declarar que vai ser o presidente de todos e prometeu “seguir os passos de Duque de Caxias, o pacificador”.
“A partir de ano que vem, serei o presidente de todos. Queremos, sim, usando o meu lado militar, seguir os passos de Caxias, o pacificador”, afirmou Bolsonaro, sendo aplaudido pelos fiéis.
Antes, Bolsonaro chorou no púlpito ao ouvir elogios do pastor Josué Valandro Junior, presidente da igreja.
O presidente eleito assistiu ao culto na segunda fileira cercado de policiais federais. Apesar de aplaudido pelos fiéis, ele assistiu ao culto sem ser assediado.
A cerimônia foi encerrada com a execução do Hino Nacional. O culto teve a presença de cerca de 4.000 pessoas.
Depois da celebração religiosa, o presidente eleito seguiria para sua casa na Barra da TIjuca, também na zona oeste do Rio. A programação oficial de Bolsonaro neste domingo ainda não foi confirmada.
No sábado (3), o presidente eleito visitou amigos e cortou o cabelo em Bento Ribeiro, bairro do subúrbio do Rio onde morou.
Na terça (6), ele deve deixar o Rio pela primeira vez após vencer a eleição. Está prevista sua participação em Brasília nos primeiros encontros da transição com os integrantes do governo de Michel Temer.
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