O clima na comemoração do primeiro aniversário do PT após a volta do partido ao poder era de festa na noite desta segunda-feira (13), quando o partido completou 43 anos de história. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou o momento para atacar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL. Para o petista ele foi eleito, nas eleições de 2018 na base da mentira e o chamou de genocida. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
“Vou lutar pelo nosso partido e vamos lutar pelo povo brasileiro, para que nunca mais um genocida ganhe eleições com base na mentira e na indústria da mentira”, disse Lula.
Além do presidente, o evento contou também com várias lideranças como a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o ex-ministro José Dirceu, principal protagonismo no governo Dilma.
O destaque da noite foi Dirceu, principal auxiliar do governo Lula em seu primeiro mandato em 2002, mencionado nos discursos foi um dos mais aplaudidos durante o evento.
Mesmo estando fora dos holofotes político e após ter sido preso pelo escândalo do mensalão, José Dirceu ainda mantém ampla influência dentro do PT.
Prova de que Dirceu ainda compõe a base petista com “força”, foi a nomeação de seu filho, o deputado Zeca Dirceu (PT-PR), para ser líder da bancada petista na Câmara.
Durante discurso no aniversário do partido, Lula fez menção a Dirceu. “Companheiros e companheiras, eu quero agradecer cada um de vocês, mulheres e homens. Companheiro José Dirceu, agradecer a você porque eu sei o quanto você foi solidário ao que eu passei. Quero agradecer a todos os presidentes do partido e aqui estou vendo a Gleisi e o Rui Falcão, José Dirceu e eu mesmo já fui presidente [do partido]”, disse.
Por vez, a ex-presidente Dilma, também foi aplaudida de pé ao ser citada sobre a história política do partido.
O ex-presidente do partido José Genoino, também condenado no caso do mensalão, gravou um vídeo que foi veiculado no ato, no qual afirmou que a legenda precisa “atualizar a sua linha política” e que o governo Lula 3 “não pode errar”.
“Vale a pena esse grande projeto ser fortalecido. Temos que atualizar a nossa linha política e mudar os métodos de organização para que o PT se coloque à altura de construir um polo à esquerda nesse momento que vai ser preciso a gente não errar no atendimento à população mais pobre, excluída, as mulheres, os indígenas, LGBTQIA+, a nova classe trabalhadora, a luta contra o racismo e pela soberania nacional”, afirmou.
Na entrada do aniversário, ambulantes vendiam bonecos com o rosto do Lula e diziam que a peça servia para “expulsar o fascismo e o bolsonarismo”, em referência ao ex-presidente Bolsonaro.
Diversos ministros e parlamentares estavam no palco em que Lula discursou.
No centro do espaço, porém, foram reservados lugares para apenas quatro pessoas: Lula, Dilma, Gleisi, e Paulo Okamotto, novo presidente da Fundação Perseu Abramo.
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