O deputado federal Daniel Vilela (MDB), derrotado nas eleições de 2018 para o governo de Goiás, se reuniu nesta terça-feira (16) com a executiva do partido para traçar as novas diretrizes do MDB.
“É a primeira reunião da executiva do partido para fazer uma reflexão do processo eleitoral e, lógico, também ouvir cada um dos membros, a leitura do futuro político do partido, o futuro político do Estado e até do futuro político nacional, haja vista que estamos ainda na disputa do pleito presidencial. Isso que foi colocado e discutido hoje”, afirmou.
Segundo o presidente do MDB Goiás, o partido saiu vencedor das eleições de 2018 porque mostrou o propósito de ser uma campanha propositiva e ressaltou a renovação política, em que várias lideranças tiveram destaque.
“Acho que é uma conclusão de que o partido conseguiu de alguma forma sair vencedor desse processo, se repaginou, apresentou um novo candidato, teve uma campanha que tem sido elogiada por todos os cantos do Estado, como uma campanha positiva, propositiva. […]. Tivemos aí o surgimento de novos líderes no Estado. […]Então, é uma avaliação positiva. Agora, construir de forma artesanal nos próximos quatro anos, inicialmente nas eleições municipais, em cada cidade, de forma detalhada, com tempo para podermos construir essas candidaturas e também pensando no futuro estadual”, ressaltou.
Leia a entrevista na íntegra:
Avaliação
– É a primeira reunião da executiva do partido para fazer uma reflexão do processo eleitoral e, lógico, também ouvir cada um dos membros, a leitura do futuro político do partido, o futuro político do Estado e até do futuro político nacional, haja vista que estamos ainda na disputa do pleito presidencial. Isso que foi colocado e discutido hoje.
Conclusão
– Acho que é uma conclusão de que o partido conseguiu de alguma forma sair vencedor desse processo, se repaginou, apresentou um novo candidato, teve uma campanha que tem sido elogiada por todos os cantos do Estado, como uma campanha positiva, propositiva, uma campanha que começa – é lógico que gostaríamos de ter vencido esse processo eleitoral, mas isso não acontecendo, ela serve também para uma construção de fortalecimento do partido para os próximos processos eleitorais. Tivemos aí o surgimento de novos líderes no Estado, por exemplo, o Márcio Correia, em Anápolis, que foi uma das grandes revelações dessa campanha, onde nós tivemos um resultado três vezes superior ao resultado de 2014 em número de votos, com rejeição baixa. Tivemos, por exemplo, o Dr. Lucas, em Águas Lindas, que também é um quadro novo, emergente, de muito futuro para o partido naquela cidade. O Dante, em Itumbiara, sendo o deputado mais votado. Temos também o Júnior, em Nerópolis, um quadro novo que surge. A consolidação de alguns líderes do partido que foram fieis, que estiveram ao nosso lado, como o prefeito Gilmar, de Quirinópolis, e vários outros prefeitos. Também poderia citar o Haroldo, presidente da Federação Goiana dos Municípios, onde nós obtivemos a vitória lá de todos os candidatos da chapa do partido. Então, é uma avaliação positiva. Agora, construir de forma artesanal nos próximos quatro anos, inicialmente nas eleições municipais, em cada cidade, de forma detalhada, com tempo para podermos construir essas candidaturas e também pensando no futuro estadual.
Dona Iris
– Acho que esse processo de renovação é o que ocorreu no partido nessa eleição e que vai acontecer ao longo dos próximos quatro anos. É o que está acontecendo no partido. Acho que esse é o caminho e, sem dúvidas, o partido precisava disso, o partido precisa somar as forças das boas lideranças que ainda estão vigorosas e com força política no Estado com novos quadros que vem para somar e trazer e formar essa repaginação do nosso partido no Estado. Mas, individualmente, a minha convicção é de que o MDB é o partido que mais se repaginou nessa eleição, que apresentou uma nova candidatura, propositiva, com projetos para Goiás, e acho que nós saímos bem maiores do que entramos nesse processo eleitoral.
MDB e novo governo?
– É muito cedo para fazer qualquer avaliação, é muito precipitado. O governo nem assumiu ainda. É legítimo e normal que ele tenha uma complacência dos partidos que foram oposição a ele nesse processo eleitoral e até mesmo tenha a complacência da própria sociedade com o início de governo. Então, o partido não tem que se manifestar inicialmente no governo em relação a isso. Eu acho que é uma posição de independência do partido. Os deputados que quiserem construir uma relação com o governo terão liberdade para isso, prefeitos do partido também da mesma forma. Agora, falarão em nome deles e dos mandatos deles, mas não do partido. O partido terá uma vertente de independência. Eu, como candidato escolhido pelos eleitores para estar na posição, assim estarei. É a minha posição, Daniel, não de presidente do partido. Lógico que isso também depois de um tempo necessário para que o novo governo tome as medidas que julgar necessárias, as medidas que foram comprometidas dentro do processo eleitoral.
Dissidentes?
– Cada um já tomou sua posição, espero que eles possam ter o apoio retribuído agora. Quero que eles tenham a condição de desenvolverem bem seus mandatos. Isso ficou para trás, eu não vou ficar remoendo quem apoiou ou não apoiou. Pelo contrário, vou valorizar e enaltecer aqueles que estiveram ao meu lado, estarei sempre à disposição deles nos projetos deles que virão dentro de um processo eleitoral. Na sexta vou à cidade de Ouvidor participar das festividades do aniversário da cidade, que me recebeu muito bem pelo prefeito, que foi líder dentro desse processo ao meu lado. Devo ir rapidamente em Campos Verdes também, onde obtive vitória, cujo prefeito também é do meu partido. E vamos seguir a vida da mesma forma.
Renovação do mandato?
– Essa renovação de mandato automática é só se acontecer por uma decisão nacional. Existe essa possibilidade. Mas de toda forma nós vamos seguir nosso trabalho, acreditando que nós representamos essa renovação. Essa foi uma escolha em nossa eleição para o Diretório e senão for prorrogado, no momento oportuno, nós faremos uma eleição. Quem achar que tem condição de disputar, quem estiver divergente da atual cúpula do partido tem todas as condições de disputar. Aí é a escolha da maioria do partido.
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