27 de agosto de 2024
Política • atualizado em 12/02/2020 às 23:42

Para Daniel Vilela, se PMDB não for chamado às decisões, deve romper com gestão de Paulo Garcia

O deputado federal eleito Daniel Vilela (PMDB) se posicionou contra a decisão do PMDB de abrir processo para tentar expulsar filiados a sigla que apoiaram a candidatura do governador Marconi Perillo (PSDB) a reeleição. “Eu acho que está se dando palanque a quem não tem representatividade dentro do partido”, opinou, em entrevista à Rádio 730, na manhã desta quarta-feira (12).

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Daniel disse ter conversado com o empresário Junior do Friboi – que chegou a ser pré-candidato da sigla ao governo – e acredita que ele ainda tem espaço dentro do partido. Na visão do deputado, ele precisa, no entanto, se posicionar. “Não se pode ser líder sem assumir posições”.

Para Daniel, a carta divulgada por Friboi durante a campanha não evidencia apoio dele ao governador Marconi Perillo e sim “uma rejeição a candidatura de Iris Rezende“.

PROTAGONISMO EM GOIÂNIA

O deputado eleito afirmou que é preciso que o PMDB se posicione sobre a atual administração de Goiânia. Ele defende que o partido “deixe de ser somente um participante e seja um protagonista na gestão”. “Se o partido foi relegado a um papel secundário, com as decisões sendo tomadas somente por parte do PT e pessoas ligadas ao prefeito [Paulo Garcia], o partido tem que se ausentar”, afirmou.

Daniel Viela diz que é contra a candidatura de Iris Rezende para a prefeitura de Goiânia. Segundo o deputado eleito, o partido tem bons nomes e precisa se renovar.

PMDB SOBREVIVE

Na visão de Daniel Vilela, o PMDB pode se considerado “um sobrevivente”, porque está há 16 anos na oposição e ainda tem musculatura política em quase todos os municípios goianos. Mas o deputado alerta que o partido precisa se organizar, porque nessa eleição perdeu um pouco de representatividade. Mesmo assim, para ele, os nomes eleitos “qualificam o debate na oposição”.

ELEIÇÕES 2014

Para Daniel Viela – assim como para outros peemedebistas – o partido errou na hora de escolher o nome para a disputa eleitoral. “Eu defendia uma mudança, já eram 24 anos com os mesmos nomes do partido na disputa”, enfatizou o deputado, ao lembrar que Iris Rezende e Maguito Vilela foram os únicos candidatos do partido desde a eleição de 1990.

Para ele, “um novo Iris só nasce a cada 100 anos”, e é “inegável a força de trabalho dele a capacidade de aglutinação”. “É preciso ver quem vai assumir o papel de Iris Rezende dentro do partido”.

Mas o deputado disse que acredita que esses grandes nomes na política não devem mais aparecer uma vez que, hoje, “o povo esta preferindo os políticos mais gestores”. 

ALIANÇA COM DEM

Sobre a aliança firmada entre PMDB e Democratas para disputar as eleições de 2014, Daniel destacou que o compromisso entre os dois partidos hoje está mais consolidado, mas que isso não quer dizer que o deputado federal eleito a senador, Ronaldo Caiado, e o DEM continuarão participando de futuros projetos. 

“Estamos com uma aliança com Ronaldo Caiado mais consolidada, de mais confiança, mas não necessariamente que isso vai continuar para os próximos projetos. Não sabemos se isso vai continuar nesse sentido até pela própria sobrevivência do DEM. Mas temos uma relação até mais que política, e sim pessoal com Caiado na defesa dos interesses e a oposição de Goiás”, finalizou.


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