14 de setembro de 2024
Política

Daniel não teria chance de ver que poderia vencer as eleições se aceitasse ser vice, diz Humberto Machado

Humberto Machado, durante reunião do MDB na sexta, 23. (Foto: Divulgação/Assessoria Daniel Vilela)
Humberto Machado, durante reunião do MDB na sexta, 23. (Foto: Divulgação/Assessoria Daniel Vilela)

O ex-prefeito de Jataí, Humberto Machado, reforçou seu apoio ao pré-candidato ao governo de Goiás pelo MDB, o deputado federal Daniel Vilela, em reunião realizada em Goiânia na última sexta-feira (23). Ao Diário de Goiás, o ex-gestor ressaltou que Daniel fez certo em não ceder [a Ronaldo Caiado] e não aceitar ser vice.

“[…] Se ele cede e já aceita ser vice de imediato, não teria a chance de ver as pesquisas até julho, até o primeiro turno e ver que poderia vencer as eleições. O MDB é um partido muito grande. Além de um bom candidato, o MDB tem a estrutura do maior partido, que tem mais filiados e integrantes do Estado de Goiás. É um partido forte, que tem um fundo partidário bem expressivo para disputar as eleições”, afirmou.

Humberto Machado, que é pré-candidato a deputado federal, também disse que o presidente do MDB Goiás tem potencial para crescer nas pesquisas eleitorais e ganhar as eleições. No entanto, é preciso que a oposição também entre em consenso. Seja no primeiro, seja no segundo turno.

“Acredito muito no potencial dele [de Daniel]. Eu estou com ele porque decidi, estou junto. […] Recomendo que mantenham o diálogo, conversando, não tão apenas concorrentes na eleição, não são adversários, não são inimigos [Daniel e Ronaldo Caiado]. São concorrentes até 5 de julho e depois persistirem, acho que isso vai acontecer, Daniel vai levar sua candidatura à frente. Acredito que no fim, nas pesquisas, ele vai ter condições de enfrentar essas eleições com condições reais de ganhar. Então, manter o diálogo. Até agora manter a oposição unida, que uma oposição unida tem mais chances de vencer”, destacou.

Leia a entrevista na íntegra:

Confirmada a candidatura?

– Faltam alguns detalhes, mas está bem adiantada. Acho que nós vamos sair candidato a deputado federal, até para ajudar a chapa de Daniel Vilela a governador. O Sudoeste goiano, a nossa região, sempre teve nos últimos anos três deputados federais, um de Mineiros, um de Jataí e um de Rio Verde. E agora, em Jataí, nosso deputado federal, é pré-candidato a governador. É uma região grande, importante, e é importante que tenha alguém, principalmente do partido, para manter a tradição de trazer benefícios para a região e ter uma força política no Congresso Nacional, e ajudar a candidatura de Daniel Vilela a governador.

Quais eram seus índices de aprovação como prefeito de Jataí?

– Eu tenho uma coisa interessante, que me dá muito orgulho, que a gente teve uma aprovação crescente nas eleições. Hoje a gente colhe os frutos desse trabalho. Espero ter sucesso também nessa eleição para deputado federal.

A eleição será acirrada com outros nomes?

– É possível que em Mineiros e Rio Verde também tenham candidatos. Mas em todas as eleições que Jataí elegeu a federal também teve candidato de Rio Verde. Eleição fácil não tem. É claro que a gente tem que enfrentar os adversários, com as coligações e partidos, e também vencer dentro da própria coligação. Essa chapa é muito importante para definir as chances de vitória. Então, agora, não tem como não enfrentar adversários. A região é forte no agronegócio, tradicionalmente sempre teve deputados federais, Leonardo Vilela, Daniel Vilela, Leandro, Heuler Cruvinel. Então, vai continuar assim. Jataí já tem vários municípios que apoiam o candidato. O importante é a gente ter esse capital político, a gente já é muito conhecido na região, fui prefeito quatro vezes, tenho aprovação grande de Jataí. Acho que como das outras vezes fomos vitoriosos com nosso partido, acho que também temos chances de ser eleito aqui também.

Em reunião com Daniel Vilela, o que o senhor disse em relação ao grupo dissidente?

– A reunião, não tenho certeza se foi em função dessa dissidência. Daniel está em um trabalho de visitar os municípios, as regiões de Goiás, de convocar lideranças a Goiânia, eu disse que sou fiel a Daniel Vilela, tem 25 anos que estou no MDB, sou companheiro desse grupo. Tivemos sucesso em diversas batalhas no Sudoeste goiano juntos, a gente é fiel, Daniel é uma pessoa resolutiva, é carismática, que dá atenção, dá retorno, atendeu todas as minhas expectativas. Não tem como, jamais, eu não apoiá-lo para governador. E estamos confiantes. Acho que ele é dinâmico, jovem, é carismático e tem tudo para crescer nas pesquisas. Com isso, a gente conhece várias eleições no Brasil em que as pessoas começam lá de baixo, as qualitativas, pesquisas, o potencial da pessoa faz com que ela cresça durante a campanha e vença as eleições. Eu acredito muito nisso e nesse projeto. Estamos aí, a oposição vai ter que se unir no primeiro ou segundo turno. Acho que no primeiro as chances são pequenas, mas no segundo turno tem que se unir e há grandes chances de vencer as eleições.

Sobre esse grupo dissidente, Daniel Vilela saiu ganhando ou perdendo?

– Acho que saiu ganhando, porque se ele cede e já aceita ser vice de imediato, não teria a chance de ver as pesquisas até julho, até o primeiro turno e ver que ele poderia vencer as eleições. O PMDB é um partido muito grande. Além de um bom candidato, o PMDB tem a estrutura do maior partido, que tem mais filiados e integrantes do Estado de Goiás. É um partido forte, que tem um fundo partidário bem expressivo para disputar as eleições. Acho que ele saiu ganhado porque o MDB, nessas cidades onde esses prefeitos – que são do partido e acho que deveriam ter conversado mais internamente –, também é forte, tem outras lideranças e tem o eleitorado. Nem sempre o eleitorado acompanha as lideranças. É claro que seria o ideal que estivessem todos com Daniel, mas não tendo isso, o MDB é um grande partido, tem lideranças espalhadas pelo estado todo, com grande estrutura no estado e tem condições de dar, sim, muitos votos e trabalho a favor de Daniel para que ele cresça e vença as eleições. Então, acho que ser aceitasse ser vice de imediato iria cair nas pesquisas, por exemplo. Sabemos que isso acontecem com muitos candidatos, largam na frente, mas perdem lá na frente. Acho que Daniel não teria a chance de experimentar, apalpar as chances dele, a popularidade. Acredito muito no potencial dele. Eu estou com ele porque decidi, estou junto. Mas acho que isso aí deve ser uma decisão lá mais na frente.

Como um emedebista experiente, qual sua recomendação a Daniel Vilela e Ronaldo Caiado?

– Recomendo que mantenham o diálogo, conversando, não tão apenas concorrentes na eleição, não tão adversários, não são inimigos. São concorrentes até 5 de julho e depois persistirem, acho que isso vai acontecer, Daniel vai levar sua candidatura à frente. Acredito que no fim, nas pesquisas, ele vai ter condições de enfrentar essas eleições com condições reais de ganhar. Então, manter o diálogo. Até agora manter a oposição unida, que uma oposição unida tem mais chances de vencer.

Como será feita sua campanha com a limitação de doações?

– Primeiro, a gente já tem um nome conhecido na região por ter sido prefeito por quatro mandatos. Acho que o eleitor vai votar não por causa de uma bandeira na esquina ou um carro de som na porta. Acho que o Brasil tem que ser mudado. O eleitor vai escolher o candidato pelo passado, pelo conhecimento, pela renovação. Eu nunca fui deputado federal, tenho a experiência, mas nunca fui, será uma novidade no Congresso. Acho que o eleitor vai votar pela influência das redes sociais, pela história do candidato, pela propaganda eleitoral. Então, acho que a eleição não é definida só pelo dinheiro, acho que esse vai ser um grande diferencial, eu acredito nisso. Por isso sou candidato, porque acredito que vai haver uma mudança no comportamento do eleitor. 

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