07 de agosto de 2024
Direitos Humanos • atualizado em 13/10/2022 às 10:49

Damares evita falar das denúncias de tráfico de crianças e, agora, diz que está sendo ameaçada de morte

Senadora eleita no Distrito Federal afirmou que, após primeiro turno das eleições, vem recebendo mensagens de ódio na internet
Fala sobre crianças torturadas dita pela ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, em Goiânia, no último sábado (8), repercutiu e fez com que a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão determinasse que a pasta prestasse informações sobre todas as denúncias no prazo de três dias. (Imagem: reprodução)
Fala sobre crianças torturadas dita pela ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, em Goiânia, no último sábado (8), repercutiu e fez com que a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão determinasse que a pasta prestasse informações sobre todas as denúncias no prazo de três dias. (Imagem: reprodução)

Alguns dias após a denúncia feita em Goiânia, a Senadora eleita pelo Distrito Federal Damares Alves (Republicanos) afirmou que ela e o presidente Jair Bolsonaro estão sendo ameaçados de morte. A ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, porém, disse que as ameaças estão acontecendo desde que ela foi eleita, no dia 2 de outubro, mas só resolveu falar sobre o assunto agora, após a exposição do caso de violência contra as crianças, que repercutiu de forma negativa na internet. Veja o vídeo postado pela pastora sobre as ameaças.

No vídeo, diferente do que fez na igreja ao falar das crianças, Damares mostra provas de pessoas que publicaram na internet a vontade em tirar a sua vida e a de Bolsonaro. Também diferente do que ela fez na ocasião das denúncias de violência contra criança, em que não afirmou se a polícia estava atuando para ajudar, a senadora eleita informou que caso de ameaças contra ela já foram reportados a polícia e estão em investigação.

Em relação ao que ela disse em Goiânia, no último sábado (8), a repercussão gerou reação negativa de muitos internautas e autoridades, pois Damares, ao invés de oficializar a denúncia, apenas falou sobre o assunto num igreja, expondo os fatos e espetacularizando, sem provas, torturas sofridas por crianças na Ilha do Marajó, no Pará. Situação, que chegou até o Ministério Público Federal (MPF), fez, inclusive, com que o órgão pedisse esclarecimentos sobre os fatos.

Em resposta, o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos afirmou, por meio de nota enviada à imprensa nesta terça-feira (11/10), que denúncias foram baseadas em “numerosos inquéritos já instaurados que dão conta de uma série de fatos gravíssimos”. A pasta que foi comandada por Damares durante os últimos três anos na gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) também disse que o Ministério “tem total ciência da gravidade do problema e age diuturnamente para combater essas e outras práticas criminosas”.

Mesmo assim, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão decidiu determinar, também nesta terça-feira (11), que o ministério gerido por Damares à época, prestasse mais informações sobre todas as denúncias de violência contra crianças que recebeu desde 2016 no prazo de três dias. A solicitação da instituição quer que as denúncias envolvendo “tráfico transnacional de crianças e estupro de vulneráveis”, ocorridas entre 2016 e 2022, sejam reportadas “detalhadamente” e se estão “em trâmite ou não”.


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