19 de novembro de 2024
Brasil

Dallagnol não irá ao Congresso falar sobre mensagens vazadas: “não reconhecemos a autenticidade”

Dallagnol foi punido por posts contra senador. (Foto: Divulgação)
Dallagnol foi punido por posts contra senador. (Foto: Divulgação)

Chefe da força-tarefa da operação Lava-Jato, o procurador Deltan Dallagnol afirmou em comunicado na tarde desta segunda-feira (08/07) que não irá a Câmara, nesta terça-feira, para falar sobre as mensagens vazadas entre ele e o então juiz Sérgio Moro. As informações são da Revista Veja.

Dallagnol era aguardado às 14h para uma audiência promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. As matérias que vem sendo publicadas pelo site The Intercept em parceria com Veja, Folha e o jornalista Reynaldo Azevedo colocam em dúvida a parcialidade das decisões que foram tomadas ao longo da Operação. Segundo algumas conversas, o procurador consultava e executava algumas sugestões do então juiz Sérgio Moro. As conversas entre juízes e procuradores até podem acontecer, mas com agenda pública exposta e com o afastamento que cabe a cada uma das funções.

O procurador, no comunicado encaminhado a Câmara dos Deputados e ao Senado Federal enalteceu as instituições, disse ter um “sincero respeito e profundo apreço pelo papel do Congresso Nacional” mas que irá se concentrar “na esfera técnica minhas manifestações sobre mensagens de origem criminosa, cuja a veracidade e autenticidade não reconhecemos”. Por fim, concluiu que esses vazamentos tem sido utilizados para “atacar a Operação Lava Jato”.

Juiz cutuca

O juiz substituto da Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo e ex-presidente da Associação Juízes para a Democracia, Marcelo Semer também foi convidado para a mesma audiência que participaria Dallagnol. Ao saber da recusa do procurador, Semer tuitou: “Fui convidado para falar na mesma audiência designada para ouvir Deltan Dallagnol. Algumas pessoas me perguntaram: ele recusou e não terá audiência amanhã.”

Ele também retuitou uma postagem de outro usuário. “Ficou a maior impressão de: “Não sou obrigado. Vou ficar aqui trabalhando na minha defesa”, comentou um perfil. Semer respondeu: “É direito dele”.

 

 

 

 


Leia mais sobre: Brasil