Moradores em situação de rua têm acesso a cursos de assistente de cozinha e construção civil, com orientações e palestras. As atividades, com duração de quatro meses, fazem parte do projeto Sonhos, resultado de parcerias entre Prefeitura de Goiânia, por meio da secretária municipal de Assistência Social (Semas), Ministério Público do Trabalho (MPT-GO) e Sistema S: Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac).
As aulas são ministrados no Senai da Vila Canaã. De acordo com o secretário municipal de Assistência Social, Mizair Lemes Junior, os cursos trazem excelentes resultados na vida das pessoas que mais necessitam de apoio e atenção. “Além de aprenderem uma profissão, resgatam toda sua dignidade com a orientação, acolhimento e criação de vínculos com as equipes”, afirma ele. “Elas saem de lá com autoestima elevada e prontas para mudar a própria realidade e de suas famílias”, destaca.
Ao todo, cerca de 40 pessoas em situação de rua acompanhadas nas Casas de Acolhida (CAC) 1 e 2 e no Centro Pop, ambas gerenciadas pela Semas, participam dos cursos. Os temas e conteúdos foram escolhidos por eles em pesquisa realizada pelo Núcleo de Direitos Humanos (NUDH), do Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO), dentro das unidades da Semas, que apontaram os desejos e sonhos de aprendizado para cada um dos interessados.
Nas primeiras semanas do curso foram realizadas palestras sobre direitos, cultura, reconstrução de linguagens além de orientação jurídica para emissão de documentos, acesso à educação e benefícios para as famílias. Houve entrega de roupas, materiais de higiene pessoal e cobertores. Também foram oferecidos cortes de cabelo e alimentação gratuitamente. Ainda tiveram acesso a profissionais como nutricionistas, odontólogos e médicos.
“Este projeto é desenvolvido entre as instituições com o objetivo de fornecer não apenas trabalho ou capacitá-los, o mais importante é garantir dignidade à população mais vulnerável, reconstruindo identidade e autonomia dela”, comenta a defensora pública Fernanda Fernandes, coordenadora do NUDH, do MPT-GO.
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