De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a média salarial do brasileiro é de R$ 1.725. Por esse motivo, um dos fatores mais determinante na hora de escolher um curso superior é a possibilidade de se ganhar um bom salário. Um levantamento feito pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontou que a área de Engenharia e Sistema da Informação registram as remunerações mais altas até agora em 2018.
No ranking do Caged, o curso que se encontra em primeiro lugar é o de Engenharia Mecânica, cujo o salário médio é de aproximadamente R$ 10 mil. O curso de Sistema da Informação se encontra em segundo lugar e apresenta um salário médio de R$ 8 mil. Na hora de escolher essas e outras graduações que são lucrativas, é bom lembrar que o perfil do profissional e os possíveis cargos que ele pode ocupar também influenciam. A remuneração depende também de fatores como região, tempo de carreira e cargo ocupado.
O curso de Engenharia Civil também aparece na lista do Caged e o salário médio dessa área está em torno de R$ 7 mil. Isabelle Ferreira Franco, de 17 anos, está no segundo semestre desse curso e, apesar da pouca idade, diz que tomou essa decisão com muita segurança. “Sempre tive aptidão para matérias de exatas durante a minha vida escolar e também sempre me interessei pela a engenharia”, conta. Isabelle admite que a remuneração também serviu como parâmetro para a sua escolha. “Não adianta gostar tanto de uma área e saber que, no futuro, você não será bem remunerado. Como também, não podemos escolher uma área que não temos afinidade. Tudo isso precisa ser colocado em uma balança na hora da escolha”, considerou a estudante.
Já a estudante de Pedagogia Beatriz Santana destaca que a remuneração é algo que nunca fez muita diferença na decisão da sua carreira. Ser professora sempre foi o seu sonho e, mesmo sabendo que essa não é uma profissão tão valorizada e com salários abaixo da média de outros cursos, ela nunca pensou em mudar de opção. “Nunca mudaria minha escolha e sei que as especializações podem valorizar ainda mais o meu trabalho”, aposta. Apesar de ser apaixonada pela profissão e não pensar tanto na questão salarial Beatriz percebe o desinteresse pela área. “A minha turma tem pouquíssimos alunos. Sinto que esse número é influenciado pela questão salarial”, assegurou.
A pesquisa realizada pelo IBGE também revelou que o salário é proporcional ao tempo gasto com os estudos. O levantamento descobriu que aqueles com 12 anos ou mais de estudo, ganhavam, em média, R$ 27 por hora. Portanto, quem tinha até quatro anos de estudo ganhava, em média, apenas R$ 7. Camila Queiroz, trabalha na área de Ciências Contábeis, profissão que aparece na lista do Caged, mas garante que também não pensou na remuneração ao escolher o seu curso superior. “Hoje em dia, eu gosto muito da área e não me arrependo dessa escolha. Mas o que mais pesou na hora da minha decisão, foi o fato do meu pai já ter uma empresa. Então, eu pensei em fazer um curso, em que eu pudesse ajudá-lo e deu super certo”, contou animada. (Educa Mais)
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Confira seis profissões que apresentam os melhores salários de acordo com o levantamento do Caged:
- Engenharia elétrica – R$ 8.140,39
- Geologia – R$ 7.345,90
- Agronomia – R$ 6.874,74
- Física – R$ 6.378,60
- Publicidade e Propaganda – 6.063, 96
- Direito – 5.284,30
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