O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) chegou com uma carta de dez páginas à audiência em que será ouvido pela primeira vez pelo juiz Sergio Moro, nesta terça (7).
Preso na Operação Lava Jato, ele pretende ler a carta no final do interrogatório. O documento foi escrito de próprio punho por Cunha na penitenciária onde está detido há quase quatro meses.
Ele também carregava um calhamaço de documentos, na chegada ao prédio da Justiça Federal.
O político tem acompanhado pessoalmente todas as audiências do processo -o que não é comum a outros réus presos na Lava Jato. Em ocasiões anteriores, sentou ao lado do seu advogado, fez anotações e cochichou instruções e comentários aos defensores, durante os depoimentos de testemunhas.
O ex-deputado é réu sob acusação de receber R$ 5 milhões de propina em contas na Suíça, abastecidas com dinheiro de contratos de exploração de petróleo da Petrobras na África. Ele teria intercedido em favor da empresa vencedora do negócio.
Cunha nega irregularidades e diz que as contas pertencem a trusts (instrumento jurídico usado para administração de bens e recursos no exterior), e foram abastecidas com recursos lícitos.
O interrogatório começou às 15h.
Folhapress
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