Escrivão da Polícia Civil de Goiás em Anápolis, Omar Rocha Fagundes, de 47 anos, foi um dos alvos da Polícia Federal (PF) que desde a manhã desta terça-feira (16/04) cumpre mandados de busca e apreensão expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Os mandados tem como alvo internautas que por algum motivo ofenderam membros da corte.
Omar tem compartilhado postagens críticas a membros do Supremo tem algum tempo. Sua página pessoal no Facebook é repleta de compartilhamento críticos ao PT e a esquerda. Publicação de um vídeo realizado no dia 14 de abril mostra a mensagem “O PT é um câncer para o Brasil”. O escrivão também compartilhava mensagens contestando diretamente o STF. No dia 3 de abril, ele compartilha um post em que convida para uma manifestação nas ruas no dia 7 seguinte. “Vamos à luta. Vamos todos às ruas lutar contra o STF e o fim da Lava Jato. TODOS PELO BRASIL”, dizia a mensagem.
A Revista Época publicou trechos da decisão de Alexandre de Moraes que contém o nome de Omar:
“No caso de Omar Rocha Fagundes, há postagens nas redes sociais de propaganda e processos violentos ou ilegais para a alteração da ordem política e social, por exemplo a publicação de 14/03/2019, em que se vê a seguinte frase: “O STF é bolivariano, todos alinhados com os narcotraficantes e corruptos do país. Vai ser a fórceps”, dizia o texto. A publicação – de autoria de Omar – teve 6 comentários, dois compartilhamentos e sete curtidas. No mesmo dia 14, Omar foi intenso em suas críticas políticas. Foram 13 compartilhamentos com críticas diretas aos ministros.
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A Polícia Civil do Estado de Goiás se manifestou por meio de nota à imprensa dizendo que “aguarda informações oficiais acerca da investigação do Supremo Tribunal Federal, a fim de apurar eventual desvio de conduta do servidor em tela.”
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