23 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 10:11

Cristiane Brasil diz que ‘não existe hipótese’ de desistir de ministério

Cristiane Brasil. (Foto: Reprodução/Facebook)
Cristiane Brasil. (Foto: Reprodução/Facebook)

Com sua posse suspensa pela Justiça, a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) disse nesta terça-feira (9) que não há hipótese de ela desistir de assumir o Ministério do Trabalho.

“Não existe essa hipótese”, disse Cristiane à reportagem após o vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, Guilherme Couto de Castro, manter a decisão que suspende a posse dela, que já foi nomeada ministra.

Cristiane negou que o presidente Michel Temer tenha tentado convencê-la a abrir mão da pasta, para não prolongar o desgaste político que o governo vem sofrendo desde a escolha da deputada, que é filha de Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB e delator do mensalão.

“Nada disso foi dito”, afirmou.

O juiz do TRF-2 negou o recurso da AGU (Advocacia-Geral da União), que tentava derrubar a liminar para realizar a posse da deputada, o que estava previsto para a tarde desta terça.

A liminar que impede a posse foi concedida na noite desta segunda-feira (8) pelo juiz Leonardo da Costa Couceiro, da 4ª Vara Federal de Niterói. O magistrado considerou que a decisão deveria ser mantida.

O vice-presidente decidiu o caso após o presidente do TRF-2, André Fontes, se declarar suspeito no caso “por motivos de foro íntimo”.

A ação foi movida por três advogados que fazem parte de um grupo que protocolou ações populares em diferentes varas da Justiça Federal do Rio para que Cristiane não tomasse posse. Eles questionam o fato de a futura ministra ter sido condenada por desrespeitar direitos trabalhistas, tema da pasta.

A cerimônia de posse estava marcada para esta tarde. Alguns convidados chegaram a comparecer à portaria do Palácio do Planalto, mas foram aconselhados a voltar mais tarde.

Auxiliares de Temer chegaram a sugerir que ele buscasse um novo nome, mas o presidente preferiu manter a nomeação da ministra para evitar uma saia justa com o PTB, o que poderia acarretar na perda do apoio do partido à reforma da Previdência. (Folhapress) 

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