08 de agosto de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 00:41

Crise em presídio de Natal afeta circulação de ônibus e coleta de lixo

Após uma noite de tensão em Natal, em que 15 ônibus foram incendiados e houve disparos contra duas delegacias, sem deixar feridos, o clima ainda é tenso na capital potiguar.

A rebelião no presídio de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal, dura seis dias e já deixou pelo menos 26 detentos mortos, segundo o governo.

Na manhã desta quinta-feira (19), as facções no interior do presídio voltaram a se enfrentar. A polícia reagiu com tiros e bombas.

Os ônibus saíram com atraso de duas horas, o que causou longa espera em paradas de toda a cidade. O Sintro-RN (Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do RN) diz que a categoria esperou o dia amanhecer para sair com mais segurança.

A Polícia Militar diz que está se reunindo com o setor de transporte para traçar estratégias de segurança e que colocou todo o seu efetivo nas ruas para conter novos ataques.

“Nós estamos nas ruas confiando apenas na segurança de Deus e esperamos que nos terminais viaturas [policiais] possam dar segurança. Caso contrário, vamos fazer uma avaliação. Sem polícia não tem condições de colocar a vida dos motoristas e cobradores na mão dos marginais”, disse o presidente do Sintro-RN, Júnior Rodoviário.

A expectativa é que o Sindicato decida esta tarde se os serviços serão paralisados. Se houver novos ataques, “terão que recolher, não tem outra saída”, informa o sindicalista.

A coleta de lixo na cidade também foi prejudicada na quarta-feira (18). A Prefeitura de Natal decidiu suspender o serviço com medo de ataques aos veículos.

A Guarda Municipal de Natal, que poderia atuar na escolta dos ônibus, como ocorreu em outras ocasiões, está em greve desde 23 de dezembro. A categoria pede o pagamento de salários atrasados e a compra de coletes para todos os servidores, entre outras reivindicações.

Apesar do clima de insegurança, as escolas, universidades e o comércio em geral funcionam normalmente nesta quinta (18).

Folhapress

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