21 de dezembro de 2024
Política • atualizado em 12/02/2020 às 23:39

Vecci se diz “execrado” no governo

Aliado de primeira hora do governador Marconi Perillo – ele esteve presente nas três gestões do tucano – o secretário de Gestão e Planejamento, Giuseppe Vecci, evidenciou, em uma entrevista forte ao Jornal O Popular nesta quinta-feira (23), o conflito entre grupos dentro da administração estadual, já discutido pelo Diário de Goiás.

Vecci é um dos homens fortes do governo de Perillo e responsável pelo Programa de Ação Integrada, o PAI. Sem a chancela patriarcal, nenhum projeto de qualquer outro secretário sai do papel. À repórter Fabiana Pulcineli, do Jornal O Popular (Leia a íntegra da matéria aqui), ele deixou claro que há interesses conflitantes no governo e os grupos não se bicam.

Mas, no desabafo, o que chamou a atenção é que o secretário citou, inclusive, os escândalos do governo de Marconi. “Estou sendo execrado por ser sério, porque não coaduno com esquemas que não sejam de interesse público na administração”, disse. E emendou: “Ninguém sério do governo falou de mim. Só tem bandido falando. Estou virando a Geni de Goiás”.

A coletânea de frases fortes traz ainda o questionamento de Vecci quanto a competência de membros do governo. “Eu não estou no nível dessas pessoas que reclamam de mim. Eles nunca trabalharam, não estudam e não têm moral”.

No entanto, a declaração mais forte foi a respeito da Operação Monte Carlo, que expôs relação próxima de vários integrantes do governo com o contraventor Carlinhos Cachoeira, condenado pela Justiça a 39 anos de prisão. Vecci não foi citado durante o processo.

“Estão loucos para me ver fora da política. Porque eu não aceito jogo sujo, de licitação, de Operação Monte Carlo, de rolo, de esquemas, de fisiologismo, de clientelismo”, atacou.

Viagem

O secretário falou com O Popular durante viagem ao Chile, onde cumpre missão oficial do governo. O desabafo foi feito após o jornal relatar que auxiliares poderiam fazer queixas contra ele, ausente em um evento realizado pelo governo para unificar o discurso e “melhorar a imagem”, como mostrou o Diário de Goiás.


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