22 de novembro de 2024
Economia

Criptomoedas são excêntricas e arriscadas, diz presidente do Itaú

Criptomoedas. (Foto: Divulgação/Ipog)
Criptomoedas. (Foto: Divulgação/Ipog)

O presidente do Itaú, Candido Bracher, disse ver as criptomoedas como algo muito excêntrico e arriscado.

“Não é algo que vá ganhar mercado no curto prazo e fazer diferença no sistema financeiro”, afirmou Bracher nesta terça-feira (12) no Ciab, evento de tecnologia bancária promovido pela Febraban (federação dos bancos) em São Paulo.

Questionado pela plateia sobre a competição com as fintechs (empresas novatas que usam tecnologia para oferecer serviços financeiros), o executivo afirmou que elas fertilizam o mercado, mas precisam seguir as mesmas regras de competição no mercado. Ele não respondeu a perguntas de jornalistas.

O Banco Central criou uma regulamentação específica para fintechs de crédito, permitindo que elas atuem no mercado sem o suporte de um banco pré-estabelecido.

Mais cedo, Otávio Damásio, diretor do Banco Central, afirmou, no mesmo evento, que a simplificação das regras é compatível com o baixo risco que essas empresas trazem ao mercado. Ao mesmo tempo, aumentam a competição do setor.

Bracher também respondeu a uma pergunta sobre o risco de gigantes de tecnologia, como Amazon, Google e Facebook, se tornarem competidoras no mercado financeiro.

“Nosso mercado tem regulação extremamente restritiva, não estou vendo no curto prazo, interesse [delas] em penetrar nesse mercado”, afirmou.

“Tendo as mesmas regras, poderão perfeitamente participar e competir e acho que serão competidores formidáveis.”

Agências Questionado sobre a possibilidade de fechar agências em um contexto em que clientes migram para o digital, Bracher disse que não há meta, mas que a tendência é que exista um número muito menor de unidades. Essa é uma tendência de todos os grandes bancos brasileiros, que vem fechando agências de forma sistemática pelo menos desde 2016.

O presidente do Itaú disse, no entanto, que o banco não promoverá uma cisão do “banco velho” com o “banco novo”, em uma referência às estruturas tradicionais e as plataformas digitais.

O Bradesco lançou o next, uma operação digital independente da estrutura do banco. (Folhapress) 

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