SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Ao menos dois ônibus foram incendiados em um intervalo de 20 minutos nos bairros Coroadinho e Tibiri, em São Luís (MA), na noite desta terça-feira (27). Não houve feridos.
Segundo o Ciops (Centro de Operações Integradas de Segurança), a ordem para os ataques partiu dos presídios após detentos não terem uma série de pedidos atendidos. Na tarde do último sábado (24), presos do Complexo de Pedrinhas , em São Luís, fizeram uma rebelião.
Os ataques aos ônibus das empresas Menino Jesus de Praga e Autoviária Matos foram semelhantes e ocorreram entre às 20h20 e 20h40. Os criminosos mandaram todos os passageiros desembarcarem, jogaram combustível nos ônibus e atearam fogo, de acordo com o Ciops. Os veículos ficaram destruídos.
Criminosos também tentaram de incendiar um terceiro ônibus no bairro Fátima, por volta das 20h. Os policiais chegaram a tempo de impedir o ataque e os suspeitos fugiram. Oito suspeitos foram presos nos bairro Forquilha e Fátima. Com eles foram apreendidos três galões com gasolina e uma espingarda calibre 12.
Após os ataques, as empresas de transporte coletivo recolheram todos os ônibus para as garagens. Os coletivos devem voltar a circular na manhã desta quarta (28).
OUTROS ATAQUES
Uma série de ataques a ônibus na região metropolitana de São Luís levou o governo do Maranhão a pedir, em maio deste ano, o apoio da Força Nacional de Segurança Pública para ajudar a polícia no combate à violência.
No total, 14 ônibus foram incendiados em ataques na capital e em outras três cidades vizinhas. Os ataques foram comandados por presos do Complexo de Pedrinhas, em São Luís.
Em 2014, a situação do presídio alarmou o país quando a Folha revelou uma série de decapitações comandadas por facções de dentro de seus muros, que eram filmadas pelos presos.
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