O Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Goiás divulgou nota nesta terça-feira (8) contestando a criação de cargos da PC-GO com salários mais baixos que o atual. Para o presidente do Sinpol, Paulo Sérgio, a medida é inconstitucional.
“O Sinpol repudia qualquer forma ou meio empregados pela administração pública, que sob pretexto de sanar a problemática da Segurança Pública, venha a surgir para dar continuidade à desvalorização, desprezo e desprestígio ao trabalho do policial civil goiano”, diz a nota.
De acordo com a nota, o presidente do Sinpol foi procurado pelo delegado-geral adjunto Marcelo Ayres, que propôs ao secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSP-GO) e vice-governador, José Eliton, a assinatura de um documento afirmando que as entidades concordavam com a criação da nova classe.
“Oportunidade em que o líder sindical esclareceu que jamais o faria”, informa a nota. Além disso, o Sindicato ainda afirma que após o anúncio do governador Marconi Perillo, sobre a criação dos cargos para realização de novo concurso público, Paulo Sérgio consultou advogados.
“A direção da entidade consultou o advogado Bruno Pena, que foi categórico em esclarecer diversas irregularidades na declaração do governo [estadual], seja na ampliação de tempo de carreira, bem como a redutibilidade salarial e o acesso por meio de nível médio, o que contraria os ditames constitucionais”.
Ao final da nota, Paulo Sérgio afirma que irá discutir a questão e tentará encontrar os meios adequados para sanar o problema da Segurança Pública. No entanto, ressalta: “Desde já, o presidente da entidade deixou claro que caso haja a persistência da realização do concurso nos moldes apresentados pelo governo, serão mais de 3 mil policiais de braços cruzados”, finaliza.
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