23 de novembro de 2024
Economia

“Crescimento da indústria goiana em 2017 restitui perdas de anos anteriores”, diz Lillian Prado, do IMB

Indicadores. (Imagem: Divulgação/Segplan)
Indicadores. (Imagem: Divulgação/Segplan)

O forte crescimento da indústria de Goiás em 2017 restitui as perdas registradas em anos anteriores, diz a superintendente do Instituto Mauro Borges (IMB), unidade de pesquisas econômicas da Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento (IMB/Segplan), Lillian Maria Silva Prado, ao avaliar nesta quinta-feira (11) os resultados da pesquisa do IBGE. Essa pesquisa aponta que a indústria goiana registrou a maior taxa de crescimento, de 17%, em novembro último na comparação com o mesmo mês do ano anterior (2016), entre as 15 localidades pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  

Esta foi a 7.ª taxa positiva consecutiva neste tipo de confronto e a mais intensa desde dezembro de 2013 (23,3%). “O ano de 2017 foi um divisor de águas para a indústria goiana. Registramos o início de uma etapa de restituição das pesadas perdas industriais sofridas em anos anteriores”, avalia a superintendente do Instituto Mauro Borges, da Secretaria de Gestão e Planejamento (IMB/Segplan), Lillian Maria Silva Prado. 

Dos nove ramos industriais pesquisados, cinco tiveram resultados positivos, dentre os quais vale destacar a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, que vem apresentando taxas positivas por três meses seguidos em resposta ao recuo das taxas de juros, à recuperação da renda real e à melhora da confiança dos consumidores. “Isso comprova, mais uma vez, que a economia goiana está em ascensão, de forma gradual e praticamente em todas as atividades industriais”, disse.

A alta da produção industrial goiana também foi impulsionada pela maior produção de produtos alimentícios, de álcool etílico e de biodiesel. Ainda nessa comparação, a média nacional ficou em 4,7%. O Pará (10,7%) apresentou o segundo melhor resultado, puxado pela produção de minérios de ferro.

Também registraram taxas positivas Santa Catarina (8,0%), São Paulo (7,2%), Rio de Janeiro (5,6%), Ceará (3,5%), Paraná (3,2%), Mato Grosso (3,1%), Região Nordeste (2,5%), Minas Gerais (2,4%), Pernambuco (2,1%), Espírito Santo (1,8%), Bahia (0,8%) e Amazonas (0,6%). Por outro lado, o estado do Rio Grande do Sul recuou (0,2%).

No indicador acumulado do ano (janeiro-novembro de 2017), frente a igual período do ano anterior, Goiás apresentou a terceira melhor taxa para o período (4,6%) e a produção brasileira expandiu 2,3%. Nesta mesma comparação, treze locais pesquisados apresentaram resultados positivos.

As maiores variações ocorreram no Pará (10,6%) e Paraná (4,8%). Nesta base de comparação, três localidades apresentaram resultados negativos: Bahia (-2,6%), Região Nordeste (-0,5%) e Pernambuco (-0,4%), de acordo com dados do IBGE, compilados pelo Instituto Mauro Borges, da Secretaria de Gestão e Planejamento (IMB/Segplan). Em 12 meses, a produção goiana aumentou 3,7%, taxa acima da média nacional que ficou em 2,2%.

Segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM/IBGE), a indústria goiana apresentou um ligeiro recuo de 0,6% na comparação de novembro de 2017 com outubro anterior (série com ajuste sazonal). Na mesma base de comparação, a produção nacional cresceu 0,2%. Apresentaram taxas positivas os seguintes estados: Espírito Santo (5,8%), Bahia (3,5%), Pernambuco (2,6%), Minas Gerais (2,4%), Rio Grande do Sul (1,4%), Pará (1,1%), São Paulo (0,7%) e Região Nordeste (0,2%). Na direção oposta, houve perdas no Amazonas (-3,7%), no Rio de Janeiro (-2,9%), no Ceará (-2,3%), no Paraná (-0,9%) e em Santa Catarina (-0,1%).


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