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Levantamento realizado pelo grupo XP Investimentos em parceria com o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) expõe que pela primeira vez desde a eleição do presidente da República Jair Bolsonaro (PSL) a rejeição da população ao chefe de estado superou a aprovação. O grupo de entrevistados que classifica a atuação do governo como “ruim ou péssima” subiu de 31% para 36% aumentando em cinco pontos percentuais. 35% consideravam o governo “ótimo e bom”, mas esse número foi reduzido em 1%. O levantamento que teve cobertura nacional.
Foram feitas 1000 entrevistas entre os dias 20 e 21 de maio, após os atos em prol da educação que aconteceram em todo o Brasil. Segundo a Ubes, mais de três milhões de pessoas foram as ruas protestar contra o contingenciamento de verbas anunciada pelo Ministério da Educação. Aproximadamente 57% dos entrevistados afirmam que essas manifestações tiveram importância na avaliação da gestão, enquanto outros 38% afirmam que o movimento não teve tanta relevância. “É quase um consenso entre os entrevistados que os protestos devem voltar a ocorrer”, menciona a pesquisa. Mais de 85% dos consultados aprovam a realização de novos atos.
Quando Bolsonaro assumiu a batata quente do governo federal, 40% avaliaram seu governo “bom ou ótimo”. Era um número expressivo tendo em vista sentar na cadeira com resquícios de míseros 7% da população aprovando o ex-presidente Michel Temer (MDB). Em quase cinco meses, os que consideram a gestão ótima começa a diminuir.
A pesquisa revelou que além de descontente, as pessoas começam a se desmotivar com o futuro do governo. Se antes 51% avaliavam positivamente o futuro do governo, em pouco tempo esse número vai caindo. Segundo o levantamento, 47% tem uma perspectiva positiva e o número dos pessimistas começa a se aproximar: 31% tem uma visão de que o futuro do governo será péssimo.
Nesta edição especial, os entrevistados foram provocados pela primeira vez a avaliar o andamento da agenda do presidente Bolsonaro no Congresso. “Apenas 4% dos entrevistados avaliam como satisfatória a execução dos objetivos do governo no parlamento. Enquanto, 35% afirma que a agenda tem prosseguido lentamente por culpa do governo e do Congresso. Outros 30% creditam o ritmo lento à atuação apenas do Congresso e 20% culpam só o governo Bolsonaro pela lentidão.”, sentencia o levantamento.
A pesquisa também levantou outros temas como a importância da relação entre o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM) e Jair Bolsonaro. Quão relevante é esse tema? 44% da população considera “muito importante” o relacionamento de ambos. Apenas 7% disseram que “não é importante”. Ao mesmo tempo, 40% da população enxergam a relação entre ambos péssima. Apenas 13% consideram uma boa relação.
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