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Cremego abre processo de interdição de maternidades públicas de Goiânia

Mesmo após repasse da Prefeitura para a manutenção das maternidades públicas de Goiânia, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) aprovou ontem, 21, a abertura de processos de interdição ética da Maternidade Dona Íris, Maternidade Nascer Cidadão e Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara.

Caso seja aprovada a interdição ética ficará proibido o trabalho dos médicos nas unidades devido à falta de condições para o bom exercício da profissão e o atendimento seguro e de qualidade à população. O conselho reforçou em comunicado que mesmo com o repasse anunciado hoje pela Prefeitura de Goiânia, a dívida da SMS com as maternidades ainda passa de R$ 50 milhões.

A decisão veio depois da realização de uma plenária temática pelo Cremego, no dia 20, na qual médicos das unidades relataram dramas enfrentados diariamente diante da falta de insumos básicos nas maternidades, como luvas e papel toalha, além de atrasos de meses nos pagamentos e da sobrecarga de trabalho nos prontos-socorros.

Irregularidades

No relatório referente ao Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara é apontado algumas irregularidades, dentre elas, uma lista com medicamentos e insumos que estão com baixo estoque e a previsão de dias em que cada item acabará. Alguns itens já se esgotaram como, por exemplo, aparelho de medir glicose HGT, coletor de resíduo químico, entre outros.

No relatórios também foram constatadas irregularidades quanto a escala de plantonistas. Foram anexadas as escalas dos meses de agosto e setembro do HMMCC, como uma ausência de plantonistas em diversos dias. Vários plantonistas já comunicaram que não vão participar da escala do mês de outubro enquanto os pagamentos não forem regularizados.

Na reunião de ontem, além da abertura do processo de interdição ética, a diretoria do Cremego aprovou as seguintes ações:

-Notificação do corpo clínico e gestores sobre o desencadeamento do processo de interdição ética;

-Agendamento de vistorias urgentes nas unidades;

-Encaminhamento de cópia do relatório de vistoria ao Ministério Público de Goiás;

-Encaminhamento de ofícios ao Tribunal de Contas da União e Ministério Público Federal solicitando providências sobre a falta de repasses financeiros às maternidades por parte da Prefeitura Municipal de Goiânia.

Elysia Cardoso

Jornalista formada pela Uni Araguaia em 2019

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