O estande da empresa chinesa de tecnologia Huawei na feira de tecnologia Mobile World Congress (MWC), em Barcelona, na Espanha, neste ano, foi o maior da história, mas foi outro detalhe que gerou polêmica. Isso por quê as atenções foram voltadas para um “crachá espião” que os participantes do evento receberam. O objeto foi aberto por uma das pessoas que encontrando, dentro de uma parte plástica do identificador, um dispositivo eletrônico.
Alguns visitantes demonstraram preocupação com a função do chip e o caso logo tomou proporções maiores. Em resposta rádia, a Huawei explicou que para a entrada em seu estande na MWC o visitante recebia o crachá, e que o que foi encontrado era um dispositivo bluetooth, que, de acordo com a empresa, “é comum em seus estandes de exposição”.
“O aparelho acompanhava a localização do visitante exclusivamente dentro do estande da Huawei, para observar quais atrações despertavam maior interesse. Essa explicação da funcionalidade do crachá estava disponível para os visitantes no verso do mesmo, em que também estava disponível a política de privacidade da empresa”, afirma a empresa em nota divulgada para a imprensa. Confira outro trecho da resposta da empresa:
“Usamos a tecnologia RFID e Bluetooth para medir o tempo de processamento na entrada do estande e fornecer localização precisa em tempo real e tempo de permanência dentro do Huawei – colete espaço de exibição. A informação é recolhida e analisada apenas para compreender os interesses dos nossos convidados e para melhorar a qualidade do nosso serviço. Faremos backup dos dados de acordo com nossa política de privacidade.”
Apesar disso, a revista digital Wiwo, da Alemanha, publicou que a lei europeia de proteção de dados se aplica e o “crachá espião” que os cidadãos estavam usando coletava dados de movimento sem o consentimento deles, e isso é ilegal.
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