11 de agosto de 2024
Destaque 2

CPI pede para TCU realizar auditoria sobre ‘motociatas’ de Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro em dia de folga, anda de moto, toma caldo de cana na feira da Torre de televisão e tira fotos com populares, acompanhado do ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos (Foto: Agência Brasil)
O presidente Jair Bolsonaro em dia de folga, anda de moto, toma caldo de cana na feira da Torre de televisão e tira fotos com populares, acompanhado do ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos (Foto: Agência Brasil)

A CPI da Covid aprovou nesta quarta-feira (23) um pedido para que o Tribunal de Contas da União (TCU) realize um levantamento e auditoria nos gastos da União com as chamadas “motociatas” promovidas pelo presidente Jair Bolsonaro. As manifestações já ocorreram em São Paulo, Rio de Janeiro e em Brasília.

Apesar de a maior parte dos requerimentos analisados nesta quarta-feira pela comissão ter sido aprovada em bloco, a solicitação de auditoria precisou ser deliberada em separado, já que senadores governistas protestaram contra. “Foge ao escopo de atuação da CPI”, disse o senador Marcos Rogério (DEM-RO).

No requerimento, os senadores Humberto Costa (PT-PE) e Rogério Carvalho (PT-SE) pedem que a Corte apure os gastos públicos relacionados ao deslocamento de todas as autoridades públicas federais às cidades do Rio e de São Paulo, assim como o que se gastou para a organização do evento. Os senadores ainda solicitam o “reconhecimento de ilegalidade” da despesa, com a consequente determinação de devolução aos cofres públicos.

Como mostrou reportagem do Estadão, a “motociata” do presidente em São Paulo, no último dia 12 de junho, serviu para que empresários por trás da manifestação construíssem um imenso banco de dados com informações pessoais de milhares de pessoas. Elas foram levadas a preencher um cadastro prévio sob o pretexto de que os registros eram necessários para promover a segurança do chefe do Poder Executivo. Com os dados, o grupo, que diz ter coletado registros de 500 mil pessoas, pretende construir uma rede digital bolsonarista e viabilizar novos atos em favor do presidente. (Por Amanda Pupo/Estadão Conteúdo)


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