22 de dezembro de 2024
Investigação • atualizado em 08/06/2022 às 20:22

CPI da Saúde em Goiás investiga gestores e pede explicação sobre irregularidades no Complexo Regulador Estadual

A comissão visa investigar, crimes como omissão de socorro, prevaricação, desobediência de gestores e, se cabível, falta de transparência
Presidente da CPI da Saúde, Hélio de Sousa (PSDB) (Foto: Reprodução/ TV Alego)
Presidente da CPI da Saúde, Hélio de Sousa (PSDB) (Foto: Reprodução/ TV Alego)

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde em Goiás, anunciou, durante sessão ordinária na tarde desta quarta-feira (8) na Assembléia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), os nomes que deverão comparecer na próxima terça-feira (14) para explicar o Complexo Regulador Estadual (CRE), que regula os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) como vagas em leitos de internação, consultas e exames. 

Segundo o deputado estadual e relator da CPI, delegado Humberto Teófilo (Patriota), a comissão visa investigar, crimes como omissão de socorro, prevaricação, desobediência de gestores e, se cabível, falta de transparência.

Foram convocados: Roney Pereira, gerente da Central de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa; gerente de Regulação de Cirurgias Eletivas, Karita Cristina Margarida; Superintendente do Complexo Regulador de Saúde em Goiás, Neusima Rodrigues; gerente de Regulação de Internações, Juliana Rodrigues Marcílio; gerente de Regulação de Urgência e Emergência e Edinalva Rodrigues Batista.

Segundo Teófilo, a Comissão também irá requisitar documentos com a relação de pacientes atendidos nos últimos seis meses, a quantidade de mortes ocorridas nas dependências das unidades de Saúde, a quantidade de profissionais que prestam serviços de acordo com as funções desempenhadas e escalas de trabalho.

De acordo com Teófilo, a CPI também quer saber informações do Hospital de Urgências de Goiás (Hugo), Hospital Estadual Geral de Goiânia (HGG), Hospital Estadual de Trindade (Hutrin), Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) e o Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Drº Henrique Santillo (Crer).

Ataque ao governo Caiado

Humberto Teófilo explica que a sociedade precisa de uma satisfação. ”Tantas pessoas estão morrendo à espera de uma UTI, de uma cirurgia eletiva, urgência e emergência. Queremos saber o que estão fazendo com o dinheiro dos impostos que o cidadão goiano está pagando”, destaca o depuatdo.

Ainda de acordo com Humberto, o poder público não dá a devida satisfação a população e ataca Caiado.

“Por parte deste governador que se diz ser da Saúde. Vamos visitar os hospitais, vamos ver a fila da regulação, o povo está sofrendo com isso. Não podemos deixar que isso fique assim do jeito que está. Isso demonstra que esse governo é da mentira, da incompetência. E no final se precisar ouvir até mesmo o governador Ronaldo Caiado para que ele possa vir aqui olhar em nossos olhos, e explicar o caos da Saúde pública em Goiás”, finaliza.

Deputados da base contestaram

Durante a sessão, os deputados da base de Caiado pediram por demonstração de assinaturas para a CPI. Para o líder do Governo, deputado Bruno Peixoto (UB), o Regimento Interno da Casa deve ser obedecido para que a referida instalação seja válida e, portanto, questionou se houve real cumprimento do artigo 48, o qual define a necessidade da anuência escrita de 14 parlamentares.

Além disso, Peixoto solicitou que fosse verificado também o processo de indicação de nomes para fazer parte da CPI porque, segundo ele, os líderes de bancada não foram consultados.

Outros parlamentares afirmaram não terem sido consultados. Líder da bancada União Brasil, deputado Virmondes Cruvinel (UB), disse que não indicou nenhum membro para a Comissão. “Eu quero deixar registrado que o União Brasil, partido que sou líder, não fui consultado da indicação de nomes”, afirma.


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